Enviada em: 15/10/2018

“A ciência é o melhor instrumento para medir a nossa ignorância”. A frase proferida pelo neurologista italiano Paolo Mantegazza infere sobre a importância da ciência na construção de conhecimento para a humanidade. Ademais, a ciência tem sido desvalorizada a cada ano no Brasil. Nesse contexto, convém analisar como os cortes de recursos para a área de ciência e tecnologia feitos pelo Governo Federal impactaram na produção científica no país.        A princípio, cabe ressaltar que o financiamento governamental é indispensável para o progresso científico. De acordo com a Revista Nature, houve um corte de 44% no orçamento para pesquisa em 2017 e preocupa os cientistas brasileiros, pois, infelizmente, haverão perda de pesquisas e falta de manutenção de grandes equipamentos. Não há dúvidas de o Brasil sofrerá prejuízos significativos, por décadas, devido tais cortes.         Além disso, reduzir o orçamento significa frear a descoberta de novas tecnologias que beneficiariam o Brasil. Segundo a revista Carta Capital, com a diminuição de bolsas e programas, ocorre a “fuga de cérebros”, pois os laboratórios começam a parar, mestrados e doutorados ficam sem remuneração e os jovens e pesquisadores acabam, substancialmente, atraídos pela carreira no exterior. É inquestionável a necessidade de reconhecimento e financiamento científico, visto que, tal ação, revela a capacidade de um governo em tomar decisões assertivas, como notadamente aponta Paolo Mantegazza.        Dessa forma, para garantir a valorização da ciência no Brasil, é necessário, portanto, maior atuação do Estado. Nesse sentido, o Governo Federal deve, por intermédio do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), Espera-se, com isso, retomar a geração de conhecimento e tecnologia, formar cientistas, gerar inovações e produtos que colaborem, por conseguinte, para o aumento da qualidade de vida da população brasileira.