Enviada em: 12/06/2019

A Constituição  Federal – promulgada em 1998 e ainda vigente – assegura que é dever do Estado promover e incentivar o desenvolvimento científico, a pesquisa , a capacitação científica e tecnológica. Contudo, devido a cortes de investimentos pelo próprio poder público, bem como a dificuldade de se manter cientistas competentes no país colaboram para que tal medida seja aplicada na prática.         Primeiramente, observa-se que apesar de vivermos em uma país considerado favorável ao desenvolvimento econômico por suas riquezas naturais e alto potencial, é notório que, sobretudo na atualidade, o rebaixamento de financiamentos em ciência e tecnologia torna a nação dependente de outros países, como os Estados Unidos, uma vez que temos que atrair outras empresas para o território para que invistam nos projetos e pesquisas brasileiros. Ainda nesse sentido, segundo Zygmunt Bauman, sociólogo e filósofo polonês do século XXI, a sociedade contemporânea é regida pelo imediatismo e superficialidade, ou seja, na modernidade como o conhecimento científico se dá ao longo do tempo, ele não é valorizado, e como consequência não recebe investimentos.          Outrossim, vale ressaltar que,hodiernamente, existe um certo movimento de dispersão de valores científicos nacionais, tendo em vista que é cada vez mais difícil conseguir bolsas de estudos para pós-graduandos e oportunidades de continuidade de trabalhos e experimentos, o que, muitas vezes, impossibilita o profissional de tal meio ter uma certa estabilidade e realização profissional. Dessa forma, esses profissionais acabam saindo do país e vão em direção à novas realidades.         É necessário, portanto, a participação mais efetiva do aparato estatal, em consonância com o Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação, na destinação de verbas ao desenvolvimento cientifico no país, com medidas assistencialistas, como exemplo de financiamento de projetos ligados a melhorias no tratamento de doenças, como o Alzheimer ou até mesmo com o oferecimento de bolsas de estudos a jovens e estudantes com baixa renda familiar, no intuito de gerar desenvolvimento no país e colaborar para o aumento da competitividade internacional. Ademais, cabe ao MEC fomentar nas escolas públicas e privadas o ensino científico desde o ensino fundamental, por meio de reformulação do currículo escolar, ora em atividades lúdicas, ora em aulas específicas. Além disso, ampliar oportunidades em instituições de ensino superior, no intuito de gerar mais empregos, renda e distribuir igualmente o dinheiro que é investido, a fim de tornar a sociedade mais competente e independente. Destarte, a ciência terá sua valorização e futuramente o Brasil poderá colher os frutos desse investimento.