Enviada em: 19/01/2019

Sem ciência, não há desenvolvimento e não há inovação. O Brasil vive hoje diversas crises relacionadas ao setor de educação, desde o Ensino Infantil até o Ensino Médio. Todas as áreas estão passando por grandes cortes de gastos. Entretanto, ao optar por cortar gatos dos fundos de pesquisa, o Governo Federal se coloca como um péssimo estrategista: sem estudos, torna-se mais difícil ainda a solução da crise generalizada.        Isso acontece, pois são os pesquisadores e estudiosos que criam novos medicamentos ou tratamentos que, no futuro, poderão evitar maiores gastos nos Hospitais Públicos. É o caso, por exemplo, do coquetel da AIDS. Após o seu desenvolvimento, pelos cientistas brasileiros, o Sistema Único de Saúde (SUS) passou a ter menos gastos com internações causadas pela doença.       O mesmo acontece na área de infraestrutura. São os pesquisadores nos centros de estudos que descobrem materiais mais baratos e mais sustentáveis para a realização de obras de grande importância nacional, o que gera empregos e promove o progresso. Isso significa que, ao manter as verbas da ciência, toda a população é beneficiada.       Infelizmente, o que está sendo feito demonstra que os líderes políticos não possuem uma visão de longo prazo em relação ao futuro do Brasil. Ao contrário de priorizar investimentos que, apesar de terem seu retorno um pouco mais demorado, irão trazer soluções mais sólidas para os problemas nacionais, o que se vê são gastos crescentes direcionados para ações que apenas encobrem as verdadeiras raízes da crise.            É imprescindível que os governos, federal e estaduais, invistam em uma frente de investimentos pelo progresso. Desta forma, a União deixará de ter responsabilidade total pelos fundos de financiamento da ciência; e com a contribuição financeira direta dos estados, os recursos de pesquisas continuarão fluindo para os centros de estudos. Em tempos de crise, todos os entes federados devem contribuir para a manutenção de projetos de interesse nacional.