Enviada em: 05/03/2019

O investimento em conhecimento científico é algo bastante visado pelas principais economias do mundo. Em 2008, por exemplo, para tentar amenizar a crise imobiliária, países como os Estados Unidos e a Coreia do Sul, aumentaram massivamente seu orçamento nessa área. Indo em divergência a essa tendência está o Brasil, que a cada ano vem diminuindo os recursos destinados a ciência e tecnologia. A desvalorização dessas áreas de conhecimento é um grave problema, pois impede que a nação se desenvolva economicamente.     A ciência é crucial para o desenvolvimento da sociedade. Durante a Idade Média, por exemplo, a peste negra foi erradicada à medida que a ciência foi sendo desenvolvida. O Brasil, por se encontrar na posição econômica de país emergente, depende significativamente de pesquisas e inovações tecnológicas para alcançar o status de nação desenvolvida. Entretanto, o que se nota é a pouca importância dada, pelos nossos governantes, a esse setor da economia. Além de investir pouco nessa área, constantemente são anunciados novos cortes no orçamento científico. De acordo com o jornal internacional Nature, o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicação brasileiro teve um corte 2,2 bilhões em 2017. Segundo o mesmo jornal, o salário dos cientistas no Brasil é um dos menores do mundo.    Além disso, o fato da economia brasileira estar intrinsecamente  ligada à exportação de matérias primas, é um grande entrave ao seu desenvolvimento econômico. As exportações desses produtos, que não possuem muito valor agregado, dão ao Brasil o status de país subdesenvolvido e dependente economicamente de países desenvolvidos. Devido a isso, o país fica numa condição desfavorável no mercado mundial, já que produtos industrializados são mais caros do que matérias primas, o que ocasiona uma balança comercial desfavorável ao nosso país. Investir em ciência, portanto, é essencial para mudar esse panorama, pois garantiria uma maior diversidade econômica ao país, que poderia se desprender de sua economia agroexportadora.    Logo, é essencial por parte do governo valorizar a ciência nacional. Investir na criação de centros de pesquisas, melhorar a infraestrutura das universidades nessa área, destinando tecnologia de qualidade e apoio financeiro para projetos, somado ao fato de aumentar o orçamento destinado ao Ministério da Ciência, são medidas para desenvolver novos campos econômicos do país, o que pode, num futuro próximo, diversificar a economia nacional, e melhorar a posição socio-econômica brasileira no cenário mundial.