Enviada em: 12/04/2019

É notável que a desvalorização da ciência no Brasil, em boa parte, é oriunda do baixo investimento em pesquisas científicas e da não regulamentação da profissão de cientista. Observa-se que, consequentemente, tais ações refletem diretamente no desenvolvimento do país, provomendo a evasão de mentes brilhantes que, segundo o presidente da Academia Brasileira da Ciências (ABC), irá penalizar o Brasil por décadas. O incêndio no Museu Nacional, que ocorreu em setembro de 2018, é um nítido exemplo do quão a ciência no Brasil está fadada ao caos. A falta de investimento em pesquisas, os congelamentos e cortes de bolsas dos estudantes de iniciação científica somado ao fim de programas, como o Ciência sem Fronteiras, proporcionam o êxodo de cientistas, que buscam oportunidades em outros países,  e um baixo progresso científico no país. Outrossim, cumpre salientar que, a não regulamentação do profisssão do cientista no Brasil favorece ainda mais para a desvalorização da ciência, uma vez que não há o reconhecimento do cientista, muitos indivíduos são desencorajados a tentar uma carreia científica no país e, também, a sociedade não encara a profissão do cientista como algo "sério", contribuindo mais ainda para o menoscabo da ciência no Brasil. Torna-se, portanto, cristalina a necessidade de se intervir nesse impasse. Medidas como o descongelamento de bolsas, investimento por parte do governo em órgãos de pesquisa, a exumação do programa Ciências sem Fronteiras, e outras medidas, seriam eficazes para ajudar na valorização da ciência. Cabe, também, a mídia e a comunidade científica aumentar a divulgação científica no âmbito social, tornando-a mais acessível para a população brasileira, já que uma compreensão do processo da ciência pode ajudar qualquer pessoa a desenvolver uma perspetiva científica da vida.