Enviada em: 23/03/2018

Progresso social é reflexo de progresso científico    Desde o século das luzes, séc XVIII,sabe-se que conhecimento é poder. Atualmente, os avanços nos estudos da nanotecnologia, robótica e medicina nuclear fazem com que o estímulo à ciência seja prioritário, dadas as suas importâncias em todos os setores da sociedade. Porém, parece que o Brasil dá a mínima para isso. Nesse sentido, em um contexto marcado pela competitividade entre as nações, a desvalorização da ciência no Brasil impulsiona a fuga de cérebros, o que tem por efeito a não-desvinculação da base econômica brasileira em relação a produtos de gêneros primários. Assim, vê-se que isso é um problema social e deve ser enfrentado.   Quanto menos incentivos recebe, mais cientistas são perdidos. Em geografia, define-se fuga de cérebros como a ida de profissionais altamente qualificados para países que os aceitem e os auxiliem na busca pelo conhecimento. No Brasil, vê-se que essa fuga acentua-se desde 2016, ano em que investimentos em tecnopolos tiveram sua menor baixa, segundo a CNPq. Ao passo que não recebem a devida atenção, há entre os cientistas da UFSCAR e USP , por exemplo, a tendência de irem a lugares em que sua profissão seja mais bem quista. Isso faz com que todo o investimento público, dado desde o ensino fundamental a esses profissionais, perca-se; mais que isso, todo o progresso econômico e social que poderia vir a partir de pesquisas feitas por eles, esfacela-se.   Nesse panorama, a oportunidade de tornar-se uma potência tecnológica e exportadora de conhecimento esvai-se e o país não se desvincula das atividades agrominerais. Ao não deter a Ciência, o Brasil tende a importá-la e pagar caro por ela, em medida oposta, porém, o país que exporta esse conhecimento, muitas vezes, imateral, compra minerais a baixíssimo custo do Brasil. Assim, sem os cientistas, o Brasil é um mero consumidor de ciência.   Portanto, a desvalorização da ciência no Brasil revela-se um desafio para o Governo Federal e os tecnopolos , por isso, deve ser enfrentado conjuntamente. Nesse sentido, ao primeiro cabe a retomada dos investimentos nas áreas de tecnologia e ciência do país, seja por aumentos dos salários dos cientistas a fim de estimular a permanência destes no país e sua estima social, seja por aumento nos investimentos em infraestrutura, recursos humanos e pedagógicos para a melhor atuação desses profissionais. Ainda cabe ao primeiro dar maior autonomia legal aos pesquisadores a fim de que suas pesquisas não sejam barradas por fundamentalistas religiosos. Aos tecnopolos cabe a feitura de programas que visem estimular o apreço pela ciência entre os estudantes do ensino fundamental e médio para que , em um futuro próximo, a ciência seja valorizada e o progresso social continue.