Enviada em: 28/03/2018

O século XXl é marcado pelo advento do capitalismo informacional, caracterizado pela venda de conhecimento, de tecnologia. Sendo assim, o desenvolvimento de um país torna-se diretamente proporcional ao seu investimento em ciência – o que é claro ao se observar as importantes nações na atual economia mundial. Entretanto, no Brasil, nos últimos anos, ocorreu o inverso do que se espera de um país em busca da evolução: foi reduzido o orçamento destinado a instituições científicas, motivo pelo qual se diminuem a geração de renda, empregos, e a influência global do país Sul-americano. Dessa forma, evidencia-se a necessidade de metamorfosear as prioridades das finanças brasileiras.      O completo cotidiano do ser humano é resultado dos avanços da ciência desde as eras mais primitivas, tal qual a sua sobrevivência até os anos vigentes. Exemplo disso são as revolucionárias pesquisas na área médica, capazes de prolongar a expectativa de vida do homem – que aumentou cerca de 35 anos em 7 décadas, consoante o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas) – e melhorar a sua qualidade. Visto isso, é perceptível a incoerência de restringir os gastos públicos em pesquisa, já que essa constitui-se como o alicerce para um futuro promissor, ou seja, um país que não investe em novas ideias e patentes age de maneira retrocedente e contrária às tendências das grandes potências, gerando um sentimento de inconformação na sociedade científica e civil.      Com o intuito de atenuar tais medidas governamentais, membros de instituições com elevado índice de iniciação científica reuniram-se na 3ª Marcha pela Ciência, ocorrida em São Paulo, enfatizando a essencialidade da produção de conhecimento em uma nação. Esse movimento revela o potencial que o Brasil possui para a geração de saberes e, erroneamente, é pouco incentivado. Como exemplo disso, há escasso amparo para as áreas científicas nas escolas brasileiras, fato salientado pelo irrisório número de inscrições em olimpíadas como a OBA (Olimpíada Brasileira de Astronomia). Isso consecute em uma futura população economicamente ativa com menor produção de capital em comparação com as tendências de mercado das décadas subsequentes à atual.      A desvalorização da ciência no Brasil caracteriza-se como um ato irresponsável e inconsequente. A fim de reverter esse quadro, é preciso que haja, por parte do Estado - em especial do Ministério da Ciência e Tecnologia - a reformulação da distribuição orçamentária brasileira, destinando um maior percentual ao estímulo científico tanto no nível básico de educação - por meio da promoção de atividades práticas e visitas a museus tecnológicos - como no superior, pelo aumento de vagas para produção de pesquisas. Assim sendo, a realidade do país será modificada, melhorando progressivamente as expectativas para um cenário econômico e social promissor.