Enviada em: 28/03/2018

A desvalorização da ciência no Brasil, atualmente, reflete o porquê do país ser dependente de outras nações para executar tarefas que poderiam ser realizadas no seu próprio território, não sendo isso possível devido ao pouco ou quase nenhum estímulo destinado à pesquisa. Os poucos pesquisadores que existem são mal remunerados e trabalham, em sua grande maioria, indiretamente, sendo professores em universidades, pois a profissão de cientista não é regulamentada no país. Permitir que esse cenário se perpetue é concordar com a continuidade de um atraso tecnológico, social e econômico, além de permitir uma "fuga de cérebros" perpétua para lugares que influenciam e reconhecem a ciência como uma necessidade vital para o desenvolvimento de uma nação.    Os resquícios de uma revolução industrial brasileira atrasada em dois séculos ainda é refletida nos dias vigente, através da falta de uma mentalidade autossuficiente que os governantes deveriam ter, pois é por meio dela que as pessoas são estimuladas, ou obrigadas - como ocorreu na baixa idade média quando os árabes bloquearam a rota de comércio da Europa, incentivando a à autossuficiência dessa região - a progredir. Outrossim, o baixo investimento à pesquisa no Brasil, seis vezes mais baixo que o dos Estados Unidos, desestimula tanto os civis dedicados a ciência, quanto os que desejam seguir no ramo, pois a remuneração destinada a esses cidadãos é, muitas vezes, dependente de bolsas oferecidas por órgão públicos de fomento que, além de oferecer um salário irrisório - máximo de 4 mil reais para doutorandos - não cede outros benefícios e os proíbe de buscar outra fonte de renda.    Além disso, uma vez que empresas e instituições destinadas a pesquisa no país são escassas, a maneira indireta que os cientistas encontram para exercer a profissão é através do ingresso em universidades públicas por meio de concursos, atuando como professores, devido a não regulamentação da profissão de pesquisador no Brasil. Exercer o cargo assim, entretanto, é uma medida ineficaz para beneficiar o país com resultados de experimentos, uma vez que a necessidade de ser professor retira do pesquisador o tempo considerável que toda pesquisa exige, pois a profissão  de docente requer uma carga horária elevada, restando pouco tempo para investigar especulações.   Portanto, uma vez que a desvalorização da ciência no Brasil é significativa e prejudicial ao desenvolvimento, é preciso tomar medidas que solucionem o impasse. Para que a ciência seja valorizada, é preciso que o MCTIC exija, do governo, maior investimento a ela e requisite a regulamentação da profissão no país, por meio de abaixo-assinados e movimentações populares que fomentem a vitalidade da ciência para uma nação, com o intuito de ganhar apoio de todos os civis. Feito isso, o país poderá progredir exponencialmente em pesquisas e, destarte, também, economicamente.