Enviada em: 01/05/2018

Karl Marx, pensador alemão, acredita que os indivíduos devem ser analisados de acordo com o contexto de suas situações sociais, já que produzem suas existências em grupo. Nessa lógica, torna-se pontual compreender a problemática da desvalorização científica no Brasil. Isso significa que o escasso ensino tecnológico nas instituições escolares e o ínfimo investimento nos setores que estudam e desenvolvem a ciência corroboram para o menor crescimento dessa área e regresso do país.       Em primeira análise do problema, observa-se que como afirma Durkheim a educação é um meio para se viver em sociedade, haja vista que se cria uma noção de coletividade. Essa questão é pertinente, uma vez que se nota nas escolas do Brasil maior importância com os vestibulares e como consequência demasiada assistência às matérias principais e negligência com as de cunho tecnológico. É indiscutível, então, que essas instituições aumentem a carga horária das aulas científicas para que os alunos tenham mais oportunidade e interesse de conhecer a área da ciência.       Ademais, uma razão fundamental para a consolidação desse pensamento é o fato de que investir em tecnologia gera crescimento do país, como o exemplo da Alemanha que é uma potência mundial a qual contém uma economia avançada. Nesse caso, o equívoco eclode no erro de se acreditar que no Brasil há grandes centros de tecnopolos. Entretanto, sabe-se que os únicos pontos de pesquisa são as universidades as quais carecem de verbas para evoluir os projetos. Diante desse quadro, não se pode adiar o maior investimento financeiro do Estado nas faculdades, com o propósito de desenvolver os setores científicos.       Portanto, o posicionamento assumido nessa discussão demanda duas medidas pontuais. A princípio, o Ministério de Educação deve estabelecer como meta intensificar a presença da ciência na escolas com palestras, feiras tecnológicas e aumento da carga horária dessas matérias, no sentido de despertar o interesse do estudante para que essa área tenha mais visibilidade. A outra ação precisa ser fomentada pelo Governo Federal, com o intuito de fornecer maior apoio financeiro aos tecnopolos a fim de que esses centros possam desenvolver pesquisas e futuramente participar da economia brasileira. Assim, o país não dependerá somente das commodities  como forma de exportação. Com esses direcionamentos, a sociedade, como advoga Marx, irá coexistir mais racionalmente com o progresso científico e econômico do Brasil.