Enviada em: 03/08/2018

Pessoas livres para transformar o mundo      Segundo Paulo Freire, "A educação não transforma o mundo. Educação muda pessoas. Pessoas transformam o mundo." Entretanto, na realidade brasileira, há uma carência de educação de qualidade, principalmente para pessoas privadas de liberdade, dificultando o seu papel de agente transformador e ressocializante. Pode-se afirmar que a educação é uma ferramenta essencial na recuperação dos presos, porém precisa de uma estrutura adequada para cumprir o seu objetivo no sistema carcerário.       É imprescindível destacar que a educação facilita a ressocialização dos presidiários. Pois, presos com acesso a aulas regulares, cursos variados e incentivo à realização do Exame Nacional do Ensino Médio para Pessoas Privadas de Liberdade(ENEM PPL), que possibilitem o ingresso ao ensino superior, têm sua pena reduzida e apresentam menor chances de reincidência criminal.      Todavia, faz-se necessário haver estruturas adequadas nos presídios. Sem dúvidas, falta de salas de aula, materiais didáticos e professores dificultam a realização das atividades educacionais, pois são requisitos básicos para o seu desenvolvimento. No Brasil, em 2017, devido ao pouco  investimento na educação dos cárceres, apenas 13% deles tiveram acesso a aulas regulares, o que deixa claro os altos índices de reincidência.     Fica evidente, portanto, que a educação é uma ferramenta fundamental na recuperação dos presos e necessita de investimentos. Para isso, é necessário que o governo junto ao Ministério da Educação invistam em estruturas adequadas e capacitem professores para a realização de atividades, cursos profissionalizantes e aulas preparatórias para o ENEM PPL. Além disso, precisam promover campanhas dentro dos presídios que estimulem os detentos a buscarem sua qualificação em seu tempo ocioso. Para que então, como preconizou Paulo Freire, as pessoas possam, realmente, transformar o mundo.