Enviada em: 23/05/2017

A educação é o possível antídoto para mudanças no  processo de ressocialização dos detentos dentro e fora do sistema  prisional.Essa contestação ,pode ser percebida nas palavras do escritor Paulo Freire quando diz que a educação não muda o mundo ,mas que a educação muda pessoas.Por isso,o poder público deve garantir o direito à educação de forma plena ,para que assim possa gerar um quadro de redução da criminalidade e também levar a ressocialização de detentos para a vida social de forma digna.    O processo de educação no cárcere ,tem o papel de agente de transformação, em outras palavras, tem o objetivo de  ensinar e oferecer cultura aos detentos ,para que com isso possa produzir neles  um sentimento de reflexão de conduta e também preparar para o retorno á esfera social .Prova disso ,é a  conquista da ampliação de vagas na área de mercado, devido a qualificação educacional que tiveram acesso.    Segundo o filósofo grego  Epicteto só a educação liberta,ou seja,só a educação e o saber podem retirar a fenda dos olhos da ignorância e apresentar aos detentos os seus direitos e deveres perante a sociedade.Nessa perspetiva ,pode -se perceber uma grande ilustração das palavras de Epicteto  no livro memoria da casa dos mortos ,do autor Dostoiévski , que faz o relato de como  o personagem ensinou os seus companheiros de cela a ler e escrever e mostra também o impacto dessa ação na vida deses que passaram a ler livros,produzir teatros e querer aprender em vez de executar o ócio ou praticar ações ilícitas dentro dos presídios.    No entanto ,existe vários desafios ,para que o sistema educacional nos presídios, ocorra de forma plena .Uma ilustração disso é os déficits estruturais que envolve desde superlotamento de celas até falta de espaço adequado para as aulas.Outro desafio, seria a escassez de investimentos por parte do governo  na compra de materiais e  na falta de  realização de projetos que visem qualificar profissionais da área da educação para trabalharem no sistema prisional.Aliado á isso também existe o preconceito que cerca a sociedade fora dos muros das prisões no qual a desinformação ou ideias retrogradas fazem com que muitos educadores tenha receio de trabalhar com a população carcerária.     Portanto,para que a educação se torne uma solução efetiva para a ressocialização dos detentos é necessário que a sociedade cobre fortes efetivações do poder público.Primeiramente, cabe a esse ampliar os investimentos da secretária de educação, para que esta possa efetivar melhorias no sistema educacional dos presídios ,como  oferecer capacitação para profissionais da área da educação lidar com os detentos e aliado a isso criar campanhas nos meios de comunicação para mitigar o preconceito.