Enviada em: 28/05/2017

Muito se discute sobre a importância da ressocialização de um detento à sociedade, principalmente pelos perigos vividos na atualidade. Nesse sentido aspectos como o preconceito social e a carência de ensino escolar que antecedeu a prisão do individuo tornam-se relevantes.     Sabe-se que a criminalidade vem aumentado a cada dia no século XXI, ao que se compara com tempos passados. Com isso eleva também o número de detentos nas prisões levando-se a pensar: É possível mudar a imagem e o caráter de criminosos? Como dizia Paulo Freire “Quando a educação não é libertadora, o sonho do oprimido é ser opressor”, assim também é para os detentos, a educação dentro das penitenciarias são como chaves para abrir as portas e dar ao individuo uma nova chance de reescrever a sua história. Porém algo que parece ser tão simples, torna-se complicado quando apenas 10% da população carcerária, segundo a DEPEN(Departamento Penitenciário nacional), realiza, dentro da prisão, alguma atividade educacional. De acordo à CNJ(Conselho nacional de justiça) 70% dos detentos que são soltos voltam a cometer crimes. Porém se para ter a tão esperada liberdade, fosse necessário, assim como nas escolas, um cerificado de conclusão de ensino? Talvez tivéssemos uma porcentagem menor, pois estes cativos entenderiam a partir do estudo, a importância da liberdade e da honestidade.       Com o fim de buscar um caminho mais rápido para o próprio sustento o cidadão deixa os estudos entrando muitas vezes no caminho da criminalidade. É possível observar que geralmente esses são a minoria social, negros e pobres, que não tem boa qualidade de saúde, moradia e muito menos educação, essa que é uma das ferramentas para ser alguém bem sucedido.       Ainda convém lembrar que a sociedade pede justiça daqueles que vão presos, porém quando esses recebem a liberdade o grupo social ao invés de receber esse cidadão de braços abertos para ser introduzido novamente a sociedade, essa cria muros preconceituais, negando-lhes emprego e dificultando a ressocialização, impedindo assim que ex-detentos possam usufruir de uma vida normal. Fazendo o ex-presidiário voltar as suas atividades antigas, pois a própria sociedade não enxerga a educação como um meio de ressocialização .       Portanto para diminuir a quantidade de presos no país há muitas ferramentas e a educação é uma delas. Por isso o poder legislativo juntamente ao Ensino Fundamental e Médio devem implantar na grade curricular o conhecimento dos direitos e deveres do individuo. Além da Mídia que pode  criar aplicativos que ensinem essas diretrizes, para assim termos um país com menos violência e mais cidadãos que entendem o valor de dar uma segunda chance ao cidadão.