Enviada em: 28/05/2017

Nick Yarris passou 23 anos em confinamento solitário por um crime que não cometeu em um prisão nos Estados Unidos. Durante esses anos, a compaixão de um carcereiro que o doou livros e o ajudou a ler, foi o que ajudou ele a ser uma pessoa melhor. Hoje Nick dá palestras sobre como a leitura foi positiva em sua vida. Diante deste relato, fica evidente que a educação dos presos é muito importante para sua ressocialização.    A educação é um direito da população carcerário no Brasil, segundo a Lei 12.245 no entanto, o acesso a educação é uma realidade para poucos em nosso país. Esta situação tem raízes na falta de estrutura dos presídios, que  na maioria contam com superlotação, falta de higiene e saúde  para os detentos, logo, é notável que a educação é deixada de lado mesmo possuindo uma lei sobre direito a educação. Segundo o dados do Depen de 2012, dos 533.027 presidiários apenas 54 mil frequentam salas de aula e 2,6% tem acesso a cursos técnicos.   Além disso, a ausência de fiscalização das leis e mitos sobre o desinteresse dos pressos pelo estudo contribuem para a realidade vivida pelo país. Sem dúvida, existe um grande preconceito sobre os presos e sua volta a liberdade, isso é visto com clareza no mercado de trabalho, onde os ex-detentos tem muita dificuldade para conseguir um emprego aliado a sua falta de escolaridade e preparo técnico. Ademais a falta de cumprimento das leis é frequente, segundo o Depen o Estado do Amapá não tem nenhum detento estudando e o Estado do São Paulo possui apenas 7,9% estudando.   Assim sendo, o educação para ressocialização ainda é uma utopia no Brasil, porém algumas medidas podem caminhar em direção a realidade. Uma medida é uma cobrança intensa por parte do Poder Judiciário para o cumprimento das leis nos estados brasileiros com mais campanhas de fiscalização e prazos para cumprimentos. Ademais, implantar com parcerias entre cursos técnicos e governo, ensino de profissões aliado a práticas de trabalhos comunitários que visem o trabalho em equipe.