Enviada em: 23/05/2017

A educação é uma solução real para a ressocialização de detentos, pois, o conhecimento sempre será a chave para conseguirmos algo na vida. Sem o estudo e, sem a devida conscientização que ele nos traz, dificilmente teremos algum resultado positivo no decorrer dos anos. Isso se encaixa não somente à realidade dos que vivem sob o sistema carcerário do nosso país, mas, também, para nós, que nos encontramos fora das grades. No Brasil, apesar deste tipo de incentivo educacional ainda caminhar em passos lentos, pode ser considerado um progresso à longo prazo.  O problema é que nós somos egoístas e, na maioria das vezes, preconceituosos. Achamos que por se tratarem de detentos, são menos gente do que nós. Por se tratarem de detentos, devem ter os seus direitos renegados. Por se tratarem de detentos, são menos humanos. Pensamos isso, sim, geralmente. E, por mais absurdo que isso pareça, esse pensamento também remota nas mentes deles mesmos. Sentem-se inferiores, culpam-se, destroem-se, e consideram-se menos capazes do que alguém que está assistindo a vida do "lado de fora". O preconceito existe, isso é inegável. Mas, devemos considerar que, a culpa não é de somente dos presos, muitas vezes eles são levados à isso, seja pela falta de oportunidade nas ruas, pelo desespero de não ter o que comer dentro de casa, ou por simplesmente não terem conhecimento de um outro modo de vida, uma vez que foram inseridos, criados e acostumados ao sistema marginalizado desde o seu nascimento. Acredito, então, que a mudança deva partir de nós mesmos, deles mesmos; a diferença tem que vir de dentro.  Nos presídios nacionais, deveriam ter, não apenas apoio educacional, mas, também, apoio psicológico, apoio do serviço social, apoio de voluntários, tudo isso ajudaria a melhorar, pois, traria maior conscientização. Traria abordagens de como ser e agir corretamente perante a sociedade. Traria soluções, respostas para cada um e, como consequência disso, teríamos ex-detentos muito mais confiantes, preparados para os julgamentos e para enfrentar o mundo que os espera.