Enviada em: 24/05/2017

Fugindo à lógica do verdadeiro significado das penitenciarias, o governo brasileiro ao invés de ressocializar, enjaula indivíduos. Em condições precárias de sobrevivência, os presidiários não têm acesso à educação, oportunidades ou uma chance de recomeçar uma nova vida.      Presos, sendo tratados como animais selvagens, os detentos brasileiros não tem valor algum perante a sociedade. Em contrapartida, tendo os presídios como principal função a reabilitação de criminosos, para que os mesmos ao deixarem a cadeia não voltem para o mundo do crime, equivocadamente, essa teoria não se enquadra ao Brasil. Sem direito à educação e qualificação profissional, essas pessoas saem revoltadas, desmotivadas e a única porta de oportunidade aberta, é a da criminalidade. Segundo Imannuel Kant, "o homem é o que a educação faz dele", confirmando assim, a tese de que o ser humano pode mudar seus conceitos, ideologias e atitudes através do ensino.        Do mesmo modo, fruto de uma ignorância histórica, o ex-presidiário é visto pelo meio em que vive como alguém que deve ser excluído por todos. Sem oportunidades de emprego, estudo e socialização, esses cidadãos reingressam na criminalidade como forma de sobrevivência. De acordo com o Jornal Folha de São Paulo, 80% dos presidiários, ao cumprirem pena e ganharem liberdade, reingressam no mundo do crime e deixam de ser réus primários. Consequentemente, analisa-se os prejuízos causados na vida dessas pessoas e da população como um todo, por uma falha do Estado em não ressocializa-los.        Percebe-se, portanto, a importância da educação para a ressocialização dos presidiários brasileiros como garantia da diminuição da criminalidade no país. Tendo o ensino como base e prioridade durante o cumprimento da pena, o governo, deve através da lei, sancionar como obrigatório o ensino nas instituições penitenciarias da nação, incentivando esses indivíduos a uma oportunidade de recomeçar. Em auxílio, ONG's em parceria com escolas e faculdades privadas, por meio de acompanhamento psicológico, palestras e cursos de qualificação profissional, expor para essas pessoas que elas podem ter uma profissão e trabalhar dignamente. Juntamente, a mídia, através da conscientização, deve expor para a sociedade que o ex-presidiário é um indivíduo como qualquer um outro, tendo cumprido sua pena, sendo cidadão e tendo a chance de recomeçar, incentivando desse modo, a inclusão dessas pessoas no mercado de trabalho. Sendo assim, em um futuro não tão distante, haverá uma nação no qual os presídios cumpram com sua real função, possibilitando que a saída do presídio seja uma nova oportunidade de recomeçar e fazer a diferença.