Enviada em: 28/05/2017

No que se refere à ressocialização de detentos no Brasil, pode-se perceber que há obstáculos a serem enfrentados. Isso se evidencia não só pela taxa elevada de reincidência criminal, como também pelo baixo grau de escolaridade dessas pessoas. Nesse sentido, convém analisar suas verdadeiras causas para solucionar esse problema.    Em primeiro lugar, é preciso entender que segundo a pesquisa do IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) 70% dos ex-detentos voltam a cometer crimes. Essas pessoas são, em sua maioria, homens com baixa escolaridade. Sendo assim, é possível inferir que a educação permite ao indivíduo encontrar maneiras de sobreviver fora do mundo ilegal. Além disso, o ensino de cursos profissionalizantes à homens e mulheres que estão cumprindo alguma pena, possibilita que ao sair da prisão, eles tenham uma formação, para assim ingressarem no mercado de trabalho.    Somado a esse fator, o Brasil possui a terceira maior população carcerária do mundo, ficando atrás apenas dos Estados Unidos e da Rússia. Além disso, as prisões brasileiras são desprovidas de infraestrutura para comportar tal população, apresentando insalubridade e superlotação. Dessa forma, é necessário compreender que para ressocializar o detento de maneira efetiva, deve-se primeiramente reduzir as chances do mesmo ingressar na criminalidade, já que na cadeia as condições são precárias e podem além de dificultar o auxílio educacional, provocar sérios problemas de saúde.     Portanto, é evidente que a educação pode mudar a realidade carcerária no Brasil. Sendo assim, o Estado juntamente à organizações privadas devem ensinar ofícios industriais e agrícolas aos presidiários, para que durante e após o cumprimento da pena, eles possam garantir seu sustento e de sua família. Cabe às igrejas, por sua vez, em consonância com a sociedade, ceder espaços para voluntários realizarem feiras de artesanato e recreações para crianças e adolescentes, a fim de impedir que elas busquem por ocupações ilegais.