Enviada em: 28/05/2017

O Brasil possui uma taxa crescente de detentos por conta do seu sistema prisional antigo que contraria a sua constituição por não promover a ressocialização, a qual torna-se cada vez mais distante da realidade. Nesse aspecto, a falta de aplicação educacional aliada à infraestrutura e ao tratamento desumano nas prisões agravam essa situação.             Relacionado a isso, a escassez de instituições de ensino dificultam a reinserção eficaz dos presos, que sem oportunidades acabam voltando a cometer crimes. Isso fica evidente quando, segundo o Conselho Nacional de Justiça, apenas 30% deles não violam leis apos a saída. Haja vista, esse sistema carcerário volta-se mais na punição do que na ressocialização, mesmo que esta deveria ser o objetivo principal dele. Nesse contexto, logo, a quantidade de e encarcerados inseridos na sociedade tente a diminuir caso medidas não sejam tomadas.          Além disso, a estrutura e o tratamento dado as presos são, no mínimo, desumanos, já que as cadeias comportam o dobro de sua capacidade e não possuem qualquer sistema de saúde e educação que supra suas necessidades. A consequência disso são situações como as demonstradas no documentário ''Homens que menstruam'', a qual apresenta a realidades das detentas, que muitas vezes compartilham objetos íntimos e nem segurança, ratificando o descaso do Estado perante a isso. Não é à toa que rebeliões como a de Manaus aconteçam no país, já que a mesma sociedade que deseja mais segurança não promove os direitos básicos e dificultam a resolução do problema. Devido a essa realidade, portanto, as cadeias brasileiras inclinam-se a terem mais dificuldades para a resolução desse cenário.              Desse modo, a ressocialização por meio da educação tende a virar uma utopia, sendo necessário que o Estado reconheça e aplique medidas para amenizar essa conjuntura. É impressionável, destarte, que seja criadas instituições com cursos técnicos e de ensino básico por meio do Ministério da Educação visando o aumento de oportunidades aos ex-detentos, estas devem contar com atividades de recreação e acompanhamento psicológico. Deve-se também, através de acordos fiscais com empresas de infraestrutura reformar as diversas carcerárias do país promovendo as condições básicas de higiene, com a adoção de mais seguranças e de um maior número de celas, juntamente com o aumento da quantidade de médicos. Ademais, é necessário a adoção de incentivos aos reclusos para o estudo, por meio da aplicação de vestibulares específicos para eles e até de bolsas. E principalmente, o desenvolvimento do trabalho nesses locais de acordo com a vocação de cada um  visando o autossustento e a utilização dos conhecimentos adquiridos.