Enviada em: 29/05/2017

A Educação derruba celas sociais              Presídios superlotados que submetem indivíduos de várias idades a condições subumanas e escolas enfrentando um alarmante percentual de evasão; esse é o paradoxo do Brasil, já que erradamente prefere-se solucionar o efeito se combater a causa devido a facilidade e as ações terem mais evidencia perante uma sociedade que sente-se injustiçada. O que acaba por não resolver o problema, pois a ressocialização é um processo complexo, que envolve toda a sociedade e precisa da educação como suporte.          A ociosidade característica das prisões desenvolve ou intensifica sentimentos e condutas negativas nos indivíduos, já que esse tempo livre lhe possibilita refletir sobre vários problemas como: desemprego, vícios, traumas e frustrações, desenvolvendo um quadro de angustia e o sentimento de não pertencimento a uma sociedade em que a desigualdade social é tão nítida.             Paralelamente, a irrisória importância dada a educação e atividades laborais agregada a um preconceito social com os ex presidiários, acaba aumentando a taxa de reincidência criminal, chegando a 70%, segundo o presidente do conselho nacional de justiça. Visto que, em um país com altos número desempregados, devido à crise econômica, as empresas optam por os mais qualificados, não oferecendo oportunidades de mudança de vida e reinserção social.             A educação é de fundamental importância na reinserção social de detentos, mas para tal êxito faz-se necessário uma contribuição populacional através da abertura de postos empregatícios para essa parcela; que o governo continue incentivando a educação fora dos presídios através de bolsas em cursos técnicos e que um percentual das vagas em obras públicas sejam destinadas a ex detentos ; que nos presídios haja um acompanhamento psicológico e pedagógico continuamente , tudo isso já contribuiria consideravelmente.