Enviada em: 07/07/2017

A situação das penitenciárias brasileiras é catastrófica, presídios e cadeias superlotadas, em péssimas condições, essa realidade afeta toda a sociedade que recebe os indivíduos que saem da mesma forma que entraram e muitas vezes piores. A ressocialização de detentos precisa ser colocada em prática, caso contrário será apenas um ''faz de contas''.     É direito de todos os cidadãos, mesmo que tenha cometido algum delito, serem tratados com respeito e dignidade. Da maneira como as condições dos presídios estão precárias e por conta da superlotação, nem mesmo a remição de pena não vem sendo alcançada. O criminoso tem capacidade de refazer sua vida ao sair da cadeia, porém, sem trabalho, estudo e vivendo condições subumanas ao contrário de alcançarem uma ressocialização alcançarão a reinserção social.    Com a superlotação carcerária, não está sendo seguido o que dispõe a Lei de Execução Penal no seu artigo 88, que prevê a cela individual ao condenado, e que o local seja adequado as condições humanas. A má acomodação dos presos e a dificuldade de convivência entre eles transforma os presídios em ''Escolas do Crime'', tendo em vista que eles formam faccções dentro do presídio e os que retornam para sociedade trabalham para as mesmas, retornando a vida dos crimes.    Infere-se, portanto, que a ressocialização de detentos precisa deixar de ser apenas um ''faz de contas'' e se torne realidade. Sendo assim, a Receita Federal deve investir maior parcela dos impostos arrecadados para investir em melhoria nas estruturas e condições do sistema. Ainda cabe ao Governo contratar profissionais que produzam atividades educativas, a fim de mostrar aos detentos que eles podem melhorar e ter uma vida melhor ao retornar para sociedade. Ademais, a sociedade deve se mobilizar em redes sociais, com o intuito de coscientizar a população que todos merecem uma segunda chance. Assim, poder-se-à fazer o ''faz de contas'' se realizar.