Enviada em: 26/07/2017

A Idade média, mais conhecida como Idade das Trevas foi um período marcado por vários avanços e retrocessos como no caso da Inquisição. Um aparato criado pela Igreja Católica, órgão dominante na época, que punia, queimava, torturava etc. todos aqueles criminosos ou não, julgados culpados pela igreja. Nos dias de hoje, a sociedade não mudou muito. A Inquisição acabou, mas os presídios surgiram. Esses, por exemplo, no Brasil, são como na época medieval com castigos, insalubridade, abandono e até torturas. Nesse cenário, então, surgem ideias de recuperar as pessoas desses locais através da educação e para que dê certo, muito precisa ser discutido e feito.      No Brasil, foi criado em 2010 uma lei que obriga as unidades carcerárias a oferecer educação básica e profissionalizante aos detentos. Mas, infelizmente, o que ocorre não é suficiente, apenas 10% dos internos têm esse privilégio. Ou seja, dos mais de 700 mil presos do país, pouco mais de 70 mil tem a chance de realmente se ressocializar.      Nesse viés, a Constituição Federal brasileira diz que perante a lei todos são iguais e, ainda, que todos têm o direito à educação, até mesmo os detentos, porém, isso não acontece. O que se vê são presídios cada dia mais lotados, em condições precárias de se viver e presos saindo em situações piores do que quando entraram. Dessa maneira, uma coisa é certa: a educação é, sim, uma forma de ressocializar internos, contudo, é preciso ir além do ensino e pensar na infraestrutura, alimentação, saúde física e psicológica dessa pessoa. A educação não caminha sozinha.     Portanto, as esferas governamentais precisam investir na infraestrutura dos presídios buscando antes de tudo, que o detento viva de forma digna e saudável lá dentro. Devem seguir a lei e construir salas com profissionais qualificados para ministrar as aulas de ensino básico e profissionalizante. Ademais, cabem a essas esferas e, também, à sociedade criar projetos que ajudem os presos como, trabalhos voluntários em fazendas produtivas, hortas comunitárias, ONGS e etc. Pois como Paulo Freire disse, “ninguém liberta ninguém, as pessoas se libertam em comunhão”.