Enviada em: 10/09/2017

O sistema penitenciário do Brasil ainda se encontra no período medieval, principalmente no que tange à ressocialização dos seus apenados. Embora a educação seja um dos caminhos que possibilitem a reintegração, na sociedade, dos egressos das cadeias, ainda são irrelevantes as ações voltadas para a educação nas prisões brasileiras.   Historicamente, o sistema carcerário tem sido relegado, pelos governantes brasileiros, a segundo plano. A consequência desse descaso foi prisões ultrapassadas, nas quais o preso é aprofundado na marginalidade, quando o objetivo seria a sua melhoria como cidadão.     Confirmando esse diagnóstico, têm-se penitenciárias populosas sem atividades laborais ou educativas, constituindo-se em verdadeiros "Carandirus". Esse quadro permanece, ainda que tenha sido promulgado lei que reduz a pena dos detentos que frequentarem aulas dentro das prisões.     Pelo exposto acima pode-se deduzir a necessidade de mudança radical no modelo de gestão carcerária. Para que isso ocorra deve haver uma parceria entre o MEC (Ministério da Educação e Cultura) e os gestores do sistema penitenciário, na qual o MEC fornecerá professores, devidamente remunerados, ao mesmo tempo que os gestores providenciarão infraestrutura e garantirão a segurança para que as aulas aconteçam dentro dos presídios. Também é importante que seja feita lei que diminua a pena de presos que ministrarem aulas aos seus pares.