Enviada em: 03/10/2017

O presente quadro de detentos em cadeias e penintenciárias brasileiras se encontra em uma situação realmente degradante. Isso ocorre, principalmente, pelo tratamento excludente dado aos mesmos, a indiferença do poder público perante as violações constantes de direitos humanos e a falta de perspectiva da vida fora da criminalidade. Contudo, a educação, se apresentaria como a melhor e talvez a única forma de evasão da criminalidade, perante a atual realidade em que muitos presidiários se encontram, entretanto, a ignorância e o preconceito só recrudescem esse cenário inexorável.       Ademais, tendo em vista a máxima do Nobel da Paz, Nelson Mandela que a “educação e o ensino são as melhores ferramentas para mudar o mundo” é preciso inserir os internos das penitenciárias a algo que já foram na grande maioria excluídos, o estudo. Além disso, mais da metade dos detentos das penitenciárias brasileiras não conseguiram concluir ao menos o ensino fundamental, o que evidencia e conecta o problema da criminalidade diretamente a quantidade de instrução na vida de um cidadão. Posto que, com o estudo ou aprendendo profissões técnicas, aumenta-se a probabilidade desses detentos saírem da criminalidade ou no mínimo arrefecer os índices de violência por inseri-los através da educação fundamentos básicos de civilidade como respeito ao próximo, a dignidade humana ou mesmo a vida alheia.        Por outro lado, como o próprio Albert Einstein afirma “é mais fácil desintegrar um átomo do que um preconceito enraizado”, a ressocialização de presidiários encontra muitas barreiras na própria sociedade, entre elas o preconceito, pois muitas pessoas não compreendem que a educação pode sim ser uma alternativa para mudar este cenário caótico. Inclusive, incredulidade popular em mudança do comportamento dos condenados corrobora para que isso se mantenha no status de “utopia”, posto que, por exemplo, muitas pessoas comemoram em redes sociais quando detentos assassinam uns aos outros em rebeliões. Todavia, quanto mais violentos saírem do sistema, pior será para a sociedade que terá de viver reclusa em suas residências por causa dos altíssimos índices de violência.        Infere-se, portanto, que é preciso incluir, e que o acesso ao ensino pode sim ser a solução para esse paradigma. Poderia, o Ministério da Educação disponibilizar professores a todos os presídios, para que os presos em bom comportamento pudessem frequentar aulas regulares de ensino, além de campanhas midiáticas, mostrando os benefícios a sociedade que pode trazer o estudo. Outrossim, o Ministério da Justiça vinculasse a progressão de pena e firmasse convênio, com ONG's ou empresas solidárias, subsidiando-nas, para que aceitassem os ex-detentos que continuassem os estudos como funcionários, para assim garantir ao futuro um cenário mais próspero e um Brasil melhor a todos.