Enviada em: 25/10/2018

Durante a Grécia Antiga, crianças se reuniam com filósofos com o intuito de aprender, surgindo, assim, as primeiras escolas. Com os ideais de progresso pregados pela Revolução Francesa, essas instituições foram fortemente propagadas, como defesa da educação universal. Atualmente, mais que um papel apenas acadêmico, as escolas também são importantes na formação do senso crítico dos indivíduos. Vale ressaltar, também, sua relevância para as mudanças na sociedade, embora sua função social não seja cumprida plenamente.       Em primeiro lugar, é válido destacar que as escolas são as portas de entrada para diferentes realidades. Nelson Mandela defende que a melhor arma para mudar o mundo é a educação. Deve-se isso, também, ao fato de a escolaridade estar diretamente relacionada à redução das desigualdades sociais e da violência. A idealização de projetos como o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) foi responsável pela democratização do conhecimento, possibilitando o maior acesso de um público com menos condições de arcar com as despesas de um ensino privado. Dessa forma, é dada ao cidadão a chance de estudar e se qualificar, a fim de que ele possa alcançar cenários que, antes, pareciam ser impossíveis.       Em contrapartida, os centros educacionais são incapazes de funcionar completamente, em um ponto de vista social, por se manterem intocáveis. As escolas obedeciam a um modelo fordista de produção, algo extremamente favorável às empresas. Entretanto, séculos se passaram dese a crise do fordismo e transformações ocorreram ao redor do mundo, porém as escolas parecem não ter acompanhado, preservando-se da mesma forma. Por conseguinte, o ambiente escolar torna-se sinônimo de obrigação e peso, desestimulando a frequência dos estudantes, os quais sentem-se cada vez mais sobrecarregados e têm dificuldades de ver o objetivo de todo o processo escolar.       Destarte, medidas são necessárias para a melhoria do sistema educacional brasileiro. À priori, o Ministério da Educação deve unir forças ao Governo Federal para assegurar a democratização do ensino, mantendo e melhorando os programas de inserção social já existentes, a fim de garantir que mais pessoas possam ter acesso ao ensino básico e superior. Ademais, cabe ao Ministério da Educação, juntamente com as escolas, repensar o método educacional utilizado atualmente, com tentativas de tornar o ambiente escolar mais agradável e atrativo aos jovens para evitar a evasão escolar. Assim sendo, a ideia de escola voltará a ser como na Grécia Antiga, com os alunos se reunindo por vontade de aprender e não por obrigação.