Enviada em: 25/10/2018

Desde a chegada dos jesuítas ao Brasil, no período colonial, diversas mudanças foram feitas na educação. Conquanto, a falta de mecanismos flexíveis aliada à inoperância das políticas nacionais, coíbem para um menor progresso no âmbito educacional, no que se diz respeito a sua importância na participação social. Assim, urge a necessidade de integrar a educação nas transformações sociais, relação que, apesar de fundamental, não é tão expressiva na atualidade.          Em primeira análise, é válido entender o papel do ensino nos dias atuais. Segundo Gilberto Freyre, importante escritor e sociólogo, o saber sem um fim social, é a maior das futilidades. Nesse contexto, a era dos concursos e vestibulares, transformou o papel conscientizador e interventor da educação em apenas um objetivo: a aprovação. Dessa maneira, regras e métodos decorativos tomaram o espaço de medidas que auxiliam a valorização social, como as campanhas de arrecadação, visitas a instituições e as discussões sobre direitos humanos. Assim, se não há incentivo a essas atividades não há por que entender o valor do meio nas transformações sociais.     Ademais, convém frisar a participação pública perante essa problemática. Em um contexto de desigualdade, discriminação e crescimento da violência, , as estratégias estatais ainda são insuficientes. De acordo com a Fundação Getúlio Vargas, o Brasil tem um índice de evasão escolar de cerca de 40%. Desse modo, a falta de medidas inclusivas dentro do próprio ambiente escolar tornam o processo do progresso social, ainda mais demorado. Diante disso, a indolência das instituições, em não fomentar ações que visem auxiliar essa parte da população, corrobora com a permanência dessa exclusão que tangenciam os direitos humanos.      Portanto, faz-se necessário não só entender a relevância da educação, mas também encontrar mecanismos transformadores. Nesse sentido, o Ministério da Educação juntamente com o Ministério do Desenvolvimento Social, devem estabelecer nas escolas mais discussões sobre direitos humanos e aulas extraclasses, como visitas a ONG's e institutos, a fim de conscientizar o censo crítico dos alunos e estimular a participação nas mudanças sociais. Além disso, deve-se investir em bolsas que auxiliem os indivíduos que não têm condições financeiras para permanecer no ambiente escolar. Logo, poder-se-á afirmar que a pátria educadora caminhará para a diminuição dessa defasagem social, através da educação.