Nos anos 60, o educador Paulo Freire criou um sistema de alfatização, no intuito de reduzir as altas taxas de analfabetização dos adultos no nordeste brasileiro. Tal ação contribuiu para que os alunos pudessem aprender mais sobre a palavra e suas possíveis aplicações em diversos contextos. Nessa conjuntura, é possível perceber o poder da educação como fator das transformações sociais. Em primeiro plano, vale ressaltar que a escola é um importante espaço de interação.Os debates e a ideias discutidas vão além dos conteúdos disciplinares e ultrapassam os limites da sala de aula, estimulando o aluno a refletir e se espelhar no tocante as suas ações em sociedade. Sendo assim, se assuntos como o "culto ao corpo" , "fake news" dentre outros de relevância social, forem abordados e discutidos em classe, por professores e profissionais capacitados , a escola cumprirá com suas funções de combater esteriótipos e provocar o senso crítico dos alunos. No entanto, a desvalorização dos docentes têm desmotivado-os expandir suas habilidades. Além disso, os cortes públicos na educação prejudicam o poder transformador dessas instituições. Em 2016, a Proposta de Emenda Constitucional(PEC) 241, propôs o congelamento de gastos na área educacional por 20 anos, sendo que antes disso, escolas e universidades públicas já sofriam com falta de verbas e o sucateamento estrutural. Essas ações não afetam apenas a qualidade do ensino,mas também as camadas mais pobres, pois a educação é um das principais engrenagens na luta contra as desigualdades sociais no país. Desse modo vê-se a urgência de mudança nesse cenário. È imprescindível, portanto, a tomada de medidas para potencializar a força da educação nas transformações sociais. Para isso, o governo deve investir no reconhecimento dos professores, aumentando seus salários , além de disponibilizar cursos voltados aos docentes para ampliar suas qualificações profissionais. Ademais, cabe a sociedade como um todo, reivindicar do governo a disponibilização dos recursos necessários para oferecer um ensino de qualidade, que é um direito assegurado pela carta magma do país.