Enviada em: 17/02/2019

A Campanha da Fraternidade é produzida, todos os anos, pela Igreja Católica. Em 2015, ela teve inclusa em seu tema a importância da escola em relação às mudanças de que o mundo precisa. Apesar de tal prioridade ser exercida pela educação, ela não é devidamente valorizada pelo Governo Brasileiro e não é posta em prática de modo que gere os efeitos esperados na malha social. Ao longo dos anos,  a educação tornou-se díspar, defasada e excludente.     É observável que, a educação como um mecanismo de avanço social e liberdade de expressão, mobiliza as pessoas por meio do senso crítico e saberes sobre como tratar problemáticas sociais, a exemplo da violência, desigualdade social, cultura do preconceito, dentre outras que são frutos das raízes histórico-culturais brasileiras: a Colonização Portuguesa e séculos de escravidão. Isso pode ser comprovado quando o pedagogo Paulo Freire afirma que, sem ela, a sociedade não muda. Cabe citar as manifestações populares: em 2013, a dos 20 centavos, nos anos 80, as Diretas Já, Orgulho LGBT, Movimento Negro, Feminismo e o Ciberativismo como reflexo dos efeitos da educação, pelo fato desses movimentos reconhecerem os problemas que o Brasil enfrenta e terem almejos de mudança.     A educação de qualidade é heterogênea e consequência da disparidade social, ou seja, as camadas mais carentes de recursos não possuem as mesmas oportunidades de ascensão social em comparação aos ricos e classe média. Segundo dados do IBGE, o Brasil possui 11,5 milhões de analfabetos. Além disso, o modelo Positivista de ensino a torna defasada, o aluno é preparado apenas para ser aprovado em vestibulares e concursos, não há enfoque ao estudo dos Direitos Humanos e atividades voluntárias. A falta de conhecimentos básicos de Biologia e Química provoca ignorância sobre o lixo jogado na natureza, eutrofização, aquecimento global, gases poluentes e outros exemplos que causam danos ambientais e sociais, assim como a ausência ou ineficiência de entendimento das Ciências Humanas proporciona a persistência de tabus e preconceitos, como o racismo, machismo e homofobia.    Em virtude dos aspectos analisados, é necessário, portanto, que medidas sejam tomadas em relação à situação da educação no Brasil. Cabe ao Poder Executivo a promoção de melhores condições de vida à população, por meio de programas sociais de ajuda rendária e verbas à Saúde Pública, Segurança e Educação, afim de que as camadas de renda baixa tenham oportunidades de prosperarem por intermédio dos estudos e mercado de trabalho. Ao Ministério da Educação, cabe a adoção de um ensino mais voltado à promoção do senso crítico dos estudantes, por meio de debates e palestras sobre problemáticas sociais e focagem no ensino dos Direitos Humanos. Dessa maneira, a afirmação de Paulo Freire sairá da teoria e não apenas o Brasil será beneficiado, mas sim o planeta.