No livro “Fahrenheit 451”, o trabalho dos bombeiros é o de queimar livros e ninguém nessa história é incentivado a pensar, questionar ou buscar informações. Nesse universo distópico onde os livros são vistos como perigosos, o personagem principal se questiona do porquê eles tem de ser queimados, o que tem de tão ruim neles, e num ato de rebeldia os lê e se transforma. Este é o poder da educação, transformar pessoas, seu dia a dia, como olham o mundo e como interagem nele. Nesse interím, a frase do físico Albert Einstein: “A mente que se abre a uma nova ideia jamais volta ao seu tamanho original”, faz justiça ao poder que a educação tem no indivíduo e na sociedade como um todo. Entretanto, mesmo estando na Constituição Brasileira que a Educação é direito de todos e dever do Estado e da Família, ela ainda não é universal, uma vez que, muitas crianças e jovens não frequentam a escola, o que limita suas mentes e oportunidades. Todavia, em função das novas tecnologias, mais jovens tem tido acesso as universidades, pois existe uma gama gigantesca de conteúdos oferecidos na internet de graça ou por valores simbólicos, como aulas de cursos pré-vestibular online, que por terem um preço mais acessível que os presenciais, conseguem atingir as classes sociais mais baixas. Analogamente, o slogan do cursinho online – Descomplica – , “Aprender é para todo mundo”, traz a ideia de que todos são dotados de capacidade, o problema na sociedade é, muitas vezes, falta de oportunidade. Diante disso, democratizar as informações é de fundamental importância para as transformações sociais no Brasil. Portanto, é necessário que as mentes tenham a chance de adquirir conhecimento. Sendo dever do Estado, promover educação a todos, oferecendo não só escolas, mas também fiscalização, principalmente nas famílias de baixa renda, através de cadastros, como o que já é feito para as famílias que recebem o Bolsa Família. Conforme a frase “Aprender é para todo mundo”, o Ministério da Educação em parcerias com redes de internet e cursos online, poderiam oferecer acesso a aulas nos computadores das escolas para alunos e pessoas da comunidade próxima que tiverem interesse em entrar em uma universidade pública ou privada. Medidas essas para que um cenário como o de “Fahrenheit 451”, onde ninguém é incentivado a pensar, se informar e questionar fique somente nas páginas do livro.