Até pouco antes da era Vargas, com a concentração populacional no campo, as condições que pairavam sobre a escolarização eram precárias e, por vezes, só atendiam à população urbana. Hoje, as instituições de ensino cresceram quantitativa e qualitativamente. No entanto, a educação ainda é pouco valorizada no âmbito social e inclusive familiar, tendo em vista sua importância para a construção do desenvolvimento. Em primeiro lugar, a educação é a base de uma sociedade. Isso porque será através dela que poderá ser medido o grau evolutivo das esferas sociais. Avaliando o subdesenvolvimento do Brasil, por exemplo, nota-se uma grave despreocupação quanto aos investimentos no processo educacional, haja vista, o caótico índice de criminalidade e pobreza, tais fatores são validados pelos resultados da pesquisa do Fórum Econômico e Mundial, em que concluiu que o país, hoje, encontra-se em último lugar no desenvolvimento didático na America Latina. Nesse sentido, assim como afirmava o filósofo Paulo Freire, para que haja mudança é necessário que desenvolva-se a educação. Outro fator, é a importância da participação familiar nesse contexto. Hodiernamente, os responsáveis por crianças acreditam que é papel exclusivo das escolas a missão de educar. Para o professor Cortella "A escola passou a ser vista como espaço de solução", mas sabe-se que é papel da família instruir, primeiramente, seus jovens sobre princípios morais e éticos. De nada adianta o meio escolar disseminar valores e esses não serem incentivados ou propagados no conjunto familiar. Torna-se evidente, portanto, uma persistente desvalorização do processo educacional . E para que tal situação atenue-se, é necessário que os governantes junto ao MEC, ampliem os investimentos na qualificação das escolas, inclusive as públicas, construindo projetos para além do ensino tradicional, que instiguem o interesse dos estudantes pela instrução, através de movimentos artísticos-culturais, rodas de leituras, contato com a pesquisa e até técnicas de capacitação profissional. Por fim, os pais devem reservar mais tempo para a participação na vida dos filhos, dialogando e orientando-os ao desenvolvimento ético. Com essas medidas, priorizando a educação, no futuro, a sociedade enfrentaria transformações positivas.