Enviada em: 21/11/2018

“Que apesar de termos feito tudo, tudo, tudo. Ainda somos como nossos pais”, são trechos de "Como nossos Pais" de Belchior de 1976. Percebe-se através desta música, uma inércia do jovem em relação ao passado, presente e futuro. Esta falta de função repete-se hodiernamente nos púberes, mostrando que nada mudou. Deste modo, há dois aspectos principais, que mantém esta paralisia do fator de mudança dos adolescentes: a falta de comprometimento com seu dever de cidadão e a má educação política.        Em primeiro lugar, nota-se que os jovens geralmente não participam de protestos, que são importantes para decidir o destino do país. Isto se deve, ao uso da violência pela polícia para dissipá-los, com a autorização do Estado. Pode-se dar como exemplo, o estudante que foi agredido por um guarda em uma manifestação em Goiânia. Destarte, amedronta e desestimula a participação juvenil, que não chega a 6% segundo o Datafolha.        Outrossim, é a falta de educação politica, que reflete no mau conhecimento que existe sobre a constituição e o sistema político nacional. Impedindo, que se saiba a melhor maneira de expor uma ideia e como levá-la aos parlamentares. Também limita, no que tange a como organizar movimentos sociais dentro do governo, o que ocorre em poucas câmaras de vereadores.        Indubitavelmente, medidas são necessárias. Ao Ministério da Educação, cabe criar um novo componente curricular chamado “Política”, que substituirá o ensino religioso. Esta matéria terá um foco desde o que é sociedade até como exercer a cidadania além do voto, não envolvendo partidarismo. Sendo veiculada em todas as escolas públicas e privadas do país. Assim, ajudando os estudantes e jovens a promoverem a mudança, desempenhando sua função social de protestar e fazer parte da política da forma certa, assim, não haverá mais a necessidade da violência por parte do estado.