Segundo Paulo Freire, "o objetivo maior da educação é conscientizar o aluno de suas condições de opressão, levando-o a transformá-las". Pode-se expressar que este "aluno" é o jovem do século XXI. Diante da sociedade preconceituosa e desigual que vivemos, o jovem acaba se tornando uma esperança. O maior problema do jovem é não compreender a sua função, se sentir sozinho, isolado, causando até mesmo crises existenciais. Por muito tempo, o jovem foi diminuído e privado se exercer os direitos que outros cidadãos exerciam, lutando por espaço político e consolidação como membro ativo na sociedade. Hoje não há tanta repressão aos mesmos, visto que, a partir dos dezesseis anos o jovem já pode exercer seu papel político com o voto. A pressão social e familiar para que os jovens adentrem à faculdade após formarem-se no ensino médio prejudica o poder de escolha e de impor-se contra as decisões familiares. Em decorrência disso, a maioria dos jovens que acaba cedendo à pressão dos pais acaba apresentando no futuro algum problema profissional ou emocional. Assim, o jovem tende a viver infeliz e frustrado com sua carreira, mudando de emprego com frequência e tendo muita dificuldade para se estabilizar. Segundo a linha de pensamento de Sócrates, filósofo grego, a vida com reflexão é enriquecida pelo pensamento acerca de valores, objetivos, sociedade, etc. Com isso, quando uma pessoa não consegue desenvolver esta atitude reflexiva, está sujeita a reproduzir os preconceitos que recebeu de forma passiva e ser manipulada por outros, as quais usam um benefício individual. Em virtude aos fatos mencionados, é necessário que o Ministério da Educação aumente os investimentos na educação pública, para melhorar o ensino destinado aos jovens, por meio, por exemplo, da melhoria da infraestrutura das escolas e da promoção de cursos de capacitação dos professores, como forma de aperfeiçoamento à didática destes. Assim, a juventude brasileira poderá desenvolver a sua própria voz. Capaz de transformar sua realidade.