Enviada em: 26/08/2019

Devido ao crescente protagonismo ao redor da juventude no presente século, são inúmeras as variáveis oriundas da rápida mudança que o cenário social sofre diariamente. Refletir sobre as possíveis vantagens e desvantagens da maior inserção e relevância dada aos jovens atualmente, bem como as consequências geradoras de influências nas questões econômicas, sociais e políticas, significa dar enfoque e reconhecer maior dinamismo e aceitação da sociedade perante o que antigamente era dito inviável.       Ao se partir do princípio de que os gritos juvenis eram sufocados pelo incoerente senso comum de que os jovens são inaptos para participarem ativamente da sociedade, é válido ressaltar que as tecnologias (como as mídias sociais por exemplo) serviram como ferramentas, meios de transmissão e comunicação que oportunizaram e deram voz aos clamores e reivindicações dos adolescentes. Com o advento da internet, tiveram a oportunidade de ver-se criar um palanque metafórico, em que puderam expressarem-se e serem ouvidos por aqueles que compartilham das mesmas opiniões, e acreditam que tal indivíduo reproduz um assunto de fundamental importância, ou determinadas pautas que julga interessantes para serem disseminadas.        De acordo com o jornal Folha de São Paulo, a porcentagem de jovens (entre 16 a 26 anos) interessados em participar da política é maior do que a de adultos (entre 26 a 40 anos). Cerca de 29% dos entrevistados pelo jornal do público jovem revelaram que teriam interesse, quando do público mais velho, apenas 19% deles. O dado anterior expressa o interesse e sede por oportunidades de expressar suas expectativas e opiniões, motivadas pelo anseio de participação e reconhecimento perante os demais, o que caracteriza o espírito adolescente acompanhado por interesses e rebeldia. Um fator limitante é a visão preconceituosa do público adulto, ao enxergar os mais jovens como inexperientes, e com pouca bagagem cultural. Tal pensamento encontra-se embasado em uma teoria empírica, de que o conhecimento advém da vivência e experiência, o que coloca o jovem como inferior em relação aos mais velhos.       Para que os jovens possam manifestarem-se sem que sejam impedidos pelo preconceito advindo do senso comum baseado no empirismo, cabe ao governo adotar uma agenda de ideologia racionalista, para que crie campanhas de incentivo a jovens no mercado, bem como garantir vagas, como se fossem cotas para o público jovem a cargos públicos. Desta forma, poderá se diminuir a discriminação, e consequentemente, ouvir opiniões que também podem ser relevantes para o desenvolvimento e melhoria da nação, bem como a evolução da sociedade.