Enviada em: 26/08/2019

O Instituto Data Folha publicou recentemente o resultado de interessante pesquisa sobre o perfil da juventude brasileira. O estudo pode ser considerado como o mais completo já realizado no Brasil. Foram entrevistados 1.541 jovens com idade entre 16 e 25 anos, para expressar o retrato socioeconômico e político-cultural dos mais de 35 milhões de jovens que representam 19% da população brasileira. Nossa população está envelhecendo, pois os jovens estão longe de ser maioria.   A juventude clama por representatividade; nascidos numa época relativamente pacífica, os jovens não se identificam com as bandeiras erguidas pelas lideranças atuais, pois enxergam nelas a perpetuação de um poder que ha muito se tornou ilegítimo. Assim frente às crises políticas e sociais que estouram ao redor do mundo, a renovação de valores se faz urgente, sendo essa a função dos jovens no século XXI.     Tal falta de representatividade preocupa Aleníldo Almeida, representante da juventude de Parelheiros na coordenadoria de juventude de São Paulo, segundo ele, os jovens, principalmente de periferia, precisam conquistar espaço na política, pois a falta de representatividade é cada vez maior. "Falta forças da juventude nas periferias. Se a gente não se organizar e ocupar a frente das políticas públicas, será difícil caminhar".                 Dados fornecidos pela Campanha por um Plebiscito Constituinte para a Reforma comprovam essa preocupação, já que os jovens representam 40% do eleitorado e apenas 3% do Congresso Nacional. Assim sendo, a função dos jovens no século XXI, é assumir a liderança mobilizando pessoas a nível local, construindo pontes sociais entre comunidades e  conduzindo toda sociedade em direção à ordem e o progresso, por meio da renovação  política e inserção social dos jovens. Somente assim será efetivada a representatividade tão procurada por eles.