Enviada em: 02/11/2017

É de conhecimento geral a força transformadora que a juventude possui, podendo ser observada em exemplos como o Maio francês, em 1968, e as Diretas Já, em 1983. Tais movimentos foram iniciados por jovens que se indignaram e expuseram seu clamor pela liberdade, obtendo resultados próximos a tolerância e igualdade. Contudo, na atualidade a postura desse grupo tem-se dicotomizado em extremos prejudiciais ao progresso da sociedade.       Um importante ponto a ser abordado sobre a juventude é o crescimento do ativismo. Porém, para Karl Marx o ativismo é a prática sem a teoria, podendo ter consequências fugazes e transitórias. Esse aspecto pode ser comprovado nas manifestações ocorridas em 2012 contra a corrupção, que exigiam uma mudança de postura dos governantes. Todavia, apesar dos protestos as transformações não puderam ser observadas na sociedade, pois em 2017 o Banco Mundial publicou uma informação que denunciou uma corrupção popular generalizada: o brasileiro é o segundo povo que mais sonega impostos do mundo, em suma, os protesto não englobaram a consciência da população. Dessa forma, muitos jovens se movimentam contra uma posição ou ação política, mas não possuem fundamentos filosóficos, históricos ou políticos para sustentarem seus ideais, de forma que seus protestos são dissolvidos por opositores com discursos manipulados e  mais consistentes.           Por outro lado, a ação oposta que prejudica a juventude atual é a inércia. Estudos indicam que muitos jovens não se envolvem com a política por não encontrarem representatividade em um sistema obsoleto. Como por exemplo na Inglaterra, em que a população jovem de eleitores chega a 40%, mas a presença no parlamento é de 1,6%. Entretanto, quando os principais agentes responsáveis pelo futuro brasileiro se isentam das decisões governamentais, o governo do povo, ou seja a democracia, se encontra ameaçado, pois é necessário para a manutenção desse pilar moderno a atuação pública. Pois, como Noam Chomsky diz: "Os estados não são agentes morais, as pessoas são.".       Destarte, vê-se a urgência em criar jovens equilibrados e fundamentados em suas ações, para que os progresso venha alcançar a todos. Esse desenvolvimento pode ser atingido através do reconhecimento do Governo Federal à vitalidade da juventude nos processos de transformação social, por meio da criação de programas educacionais, apoiados pelo MEC, realizados em escolas e universidades, que encorajem os jovens a buscarem autonomia em suas ações por intermédio do conhecimento, através de debates com filósofos e cientistas da política que ofereçam informações necessárias para o crescimento do pensamento critico, com o intuito de futuramente exercerem a razão e a tolerância.