Enviada em: 23/08/2019

O fim da escravidão ocorreu formalmente em 1888, quando a Lei Áurea foi assinada pela princesa Isabel, infelizmente, isso não proporcionou uma igualdade social, visto que após a abolição da escravatura não houveram políticas públicas eficientes para inserir o negro recém liberto na sociedade. A partir disso, de maneira semelhante, vê-se a necessidade, hoje, de discutir no Brasil sobre a persistência da escravidão no território brasileiro. Nesse sentido, cabe analisar problemáticas como: o trabalho escravo ainda existente e o preconceito racial que está enraizado na sociedade, em busca de soluções eficientes para findar essa óbice.        Em primeiro plano, é ideal esclarecer que o trabalho análogo a escravidão é uma realidade no Brasil, os indivíduos que estão sob essas condições de ofício tornam-se despidos de direitos humanos, e em consequência perdem sua dignidade. Segundo cálculos da Comissão Pastoral da Terra, no Brasil, 25.000 pessoas, a maioria homens negros, trabalham em condições subumanas e geralmente esses casos ocorrem no interior no território brasileiro, como no Nordeste. Em suma, essas pessoas emigram dos locais onde moram para buscar melhores condições de trabalho com uma benéfica remuneração, ao chegar ao local eles se submetem a jornadas excessivas de trabalho, com direitos legais desrespeitados e tornam-se escravos.            Ainda sob essa perspectiva, interessa lembrar que o preconceito racial está intrínseco na sociedade brasileira, como em forma de brincadeiras e piadas direcionadas aos negros que resultam em violência, e dessa forma eles tornam-se desprovidos de respeito. Todavia, o diplomata francês Arthur de Gobineau, foi um dos teóricos racialistas mais importantes do século XIX, ele advertia que a raça ariana era superior, e os negros eram ignorantes e uma raça inferior. Em síntese, essa premissa permite, então, que se traga à tona a discussão sobre a forte cultura de esteriótipos em torno dos negros, isso mostra o impacto negativo da escravidão, que resultou em diversas consequências para a população afro-brasileira.          Diante desses aspectos, é necessário tomar medidas para deslindar a problemática questão da escravidão que ainda persiste no Brasil. Dessa forma, é preciso que o Ministério da Justiça com o apoio do MEC (Ministério da Educação e Cultura) façam eventos sociais nas cidades, como mutirões que terão o objetivo de alertar a população sobre a escravidão, seja no trabalho, seja no preconceito. Para que a sociedade possa manter-se consciente de seus atos, a fim de reduzir a questão da escravidão, já que, o fim seria uma utopia.