Enviada em: 27/10/2017

Durante boa parte da história, os negros foram colocados em uma posição secundarista, na qual suas únicas funções eram as de escravo. Com o passar do tempo, a assinatura da lei Áurea e o movimento negro,os afro-descendentes iniciaram suas lentas conquistas na sociedade. Entretanto, a escravidão deixou inúmeras cicatrizes no Brasil, tornando o racismo e o trabalho forçado fatos comuns no cotidiano do século XXI.   Após longos e árduos anos de escravidão, em 1888, a lei que proibia esse tipo de trabalho foi assinada no Brasil. No entanto, ela não garantia nenhum tipo de assistência aos negros, que, embora livres, se viam sem moradia e alimentação. Logo, por sobrevivência, muitos deles entraram no mundo da criminalidade ou voltaram para o antigo serviço, dessa vez mais explorador. Analisando tais aspectos, pode-se perceber que o presente é reflexo do passado,haja vista que a presença do negro nas ruas muitas vezes é encarada como perigo. Além disso, muitas pessoas ainda são forçadas a exercer uma atividade mediante ameaças, detenções e violência.     O socialista Charles Fourier defendeu a ideia  de que o trabalho deveria ser uma atividade voluntária e fonte de prazer individual. Essa tese contraria os princípios capitalistas, que  visam somente a produtividades e a lucratividade. Dessa forma, muitas pessoas são escravizadas com longas jornadas e péssimas condições de trabalho. Segundo a Fundação Walk Free, o Brasil  possui 161,1 mil indivíduos em situações de escravo, sendo a maioria deles estrangeiros ou migrantes que se deslocaram em busca de empregos, mas que, por falta de conhecimento acerca do tema, estão sendo explorados.      A falta de políticas públicas que  incluam os negros, estrangeiros e pessoas na linha  de pobreza no mercado de trabalho  é uma possível causa para  esse problema. Além disso, a Declaração Universal dos Direitos Humanos, em seu artigo 4, afirma  que é proibida a escravidão  ou servidão em todas as suas formas.No entanto, não é o  que se percebe quando se analisam os aspectos colocados, fato que sinaliza a ausência de fiscalização por parte do  Estado.    Portanto, é possível perceber a lenta evolução do negro e a perpetuação do trabalho escravo na sociedade. Visando solucionar essa problemática, o Estado, em parceria com o Ministério do Trabalho e a Polícia Federal, deve fiscalizar tanto as relações quanto as condições de trabalho a que os funcionários são submetidos e certificar-se que não haja exploração nelas. Também deve ser criado um programa provisório de amparo financeiro que atenda pessoas que vivem em situação de pobreza e miséria, sejam elas nativas  ou estrangeiras. Ademais, a Justiça deve assegurar os direitos de igualidade do negro por meio da conscientização da sociedade.