Enviada em: 19/03/2018

Lembrado como um lamentável marco na história da formação do Brasil, o tráfico negreiro representou a ignorância e descaso humano aos seus semelhantes. Mesmo encerrada esta época no país, realidades parecidas se fazem presentes no século XXI, como em dadas ocasiões onde pessoas são comercializadas ou submetidas a condições de trabalho exaustivas e intensas, o que além de ocasionar problemas ao corpo, priva o cidadão de seus direitos ferindo juntamente a sua dignidade.       Embora as condições mínimas de trabalho e os benefícios que o cidadão deve receber seja um direito assegurado pela lei, muitas pessoas ainda são submetidas a péssimas situações de trabalho no Brasil onde são forçadas a cumprirem cargas horárias extensas e tendem a recebem menos que um salário mínimo. Além disso, esses trabalhadores não tem acesso aos seus direitos, ficando a mercê de seus superiores, pois sabem que trabalham irregularmente e podem perder sua renda a qualquer hora.       Contudo, o problema está longe de ser resolvido. O trabalho escravo moderno ocorre em muitas empresas que produzem para marcas renomadas e o consumidor sequer sabe disso. Mesmo quando uma marca não patrocina diretamente esses atos criminosos, suas terceirizadas as realizam de forma habitual, produzindo rápido e em alta escala, ganhando lucros por cima do trabalhador que não recebe o valor proporcional pelo seu trabalho, ocasionando em um processo conhecido por Mais-Valia.        Portanto, medidas são necessárias para resolver o impasse. Castro Alves disse certa vez que a liberdade é para o homem o que o céu é para um condor, sendo assim, O Ministério do Trabalho deve assegurar-se de monitorar as empresas e terceirizadas das grandes marcas, afim de combater casos de negligência de trabalho. Logo, as que descumprirem as normas trabalhistas serão devidamente punidas. Por fim, o Ministério da Saúde juntamente com as empresas irregulares devem prestar acompanhamento psicológico ao trabalhador, que poderá dessa forma recuperar-se dos danos sofridos e integrar-se ao mercado regular.