A cultura popular é uma das características que definem a essência do seu povo. Todavia, se este não a valoriza ou a julga inferior pode ocasionar uma maior vulnerabilidade social, como ocorre no Brasil. De forma que, interesses corporativos - Brasil hoje -, oligárquicos - República oligárquica -, sobreponham o da maioria, que é a sociedade. Além disso, a cultura popular, é muitas vezes a expressão mais forte da capacidade de resistência de um povo contra formas de preconceito e exploração. Situação que fica explicita com a capoeira, uma mistura de dança com arte marcial, criada por escravos africanos. De modo que foi uma reação ao escravismo sofrido por esses, mas que viam nesta arte uma forma de manterem seus costumes e tradições vivos. Ademais, a falta de valorização das tradições e história que o povo brasileiro vive tem efeito direto na vida milhões de brasileiros. Visto que a inserção de uma cultura de massa, com propensão a interesses corporativos, tanto quanto consumistas, ocasiona uma alienação coletiva atrelada a queda da qualidade de vida. A exemplo de bancos e grandes montadoras que cobram juros e preços abusivos em seus produtos, enquanto a classe política nada faz para combate-las e a maioria da população sofre inerte com menos poder de compra e mais dividas. Por outro lado, a cultura de um povo marca o seu legado através do tempo, como a conquista de direitos básicos que são base para as leis do mundo ocidental. Exemplos clássicos são as polis gregas, Como Esparta e Atenas, que fomentaram os ideais de isonomia e uso da racionalidade entre os cidadãos e que hoje são princípios que norteiam a Constituição Federal. Logo, a valorização da cultura e história brasileira é importante e tem de fazer parte da consciência e atitude dos cidadãos. Assim, a adoção de uma lei que garanta a todo cidadão o direito a cultura, seja em canais abertos, radios ou nas instituições de ensino. Para que assim o individuo saiba o valor cultural do seu povo e entenda a sociedade como ela é.