O Brasil é um país de diversas faces, etnias e crenças. Ao longo dos séculos XIX e XX, muitos imigrantes chegavam aos primeiros estados brasileiros, vindo de diferentes lugares com crenças e culturas distintas. Esses encontros vieram evoluindo e foram confundidos com uma relação de domínio com a outra cultura. Com isso, pode-se analisar que essa problemática persiste por ter raízes ideológicas e históricas. As relações sociais se tornaram desarmônicas. Segundo dados da instituição de pesquisa da USP, a cada mês são registrados pelo menos dez denúncias de intolerância e destas 15% envolvem violência física, sendo as principais vítimas fiéis afro-brasileiros. Sendo que, os negros são considerados como sujeitos históricos, valorizando-se, portanto, o pensamento e as ideias de importantes intelectuais negros brasileiros, a cultura (música, culinária, dança) e as religiões de matrizes africanas. As relações de comunicação aumentou e acabou gerando culturas e situações diversas. A globalização é uma transição histórica, então sempre teve trocas culturais entre dois eixos e muitas vezes, um tentava dominar o outro. Nesse cenário, esse ''miks'' cultural (celular, livro, comunicação, música) acaba diminuindo a força das culturas locais. Partindo dessa verdade, as culturas nacionais precisam se adaptar a esses mercados. Pode-se perceber, portanto, que as raízes ideológicas e históricas brasileiras dificultam a tolerância contra diferentes povos. O estado por seu caráter socializante deverá promover políticas públicas que visem garantir uma maior autonomia da cultura local e a família aliado ao sistema educacional brasileiro, devem proporcionar às crianças uma educação relacionada a questões analíticas e argumentativas para que, já na adolescência, possa distinguir de maneira cautelosa e respeitar às diferenças de um povo. Como, por exemplo, assembleias a fim de conhecer outras etnias e conviver com pessoas de determinadas crenças. Quem sabe, assim, o desrespeito deixe de ser uma utopia para o Brasil.