No final do século XVIII, europeus e norte-americanos consideravam suas culturas superiores as de outras nações, dando início a "Missão Civilizadora". Esta tinha como intuito levar progresso cultural e tecnológico aos povos classificados inferiores. Em nossa contemporaneidade, a ideologia de que algumas delas são superiores ainda não foi abandonada. Assim, no Brasil, culturas estrangeiras são reverenciadas ao passo que a cultura brasileira é desvalorizada pela população. A moda costuma ser ditada pelas passarelas e produções cinematográficas norte-americanas, influenciando jovens de todo o mundo. A super valorização de peças de vestuário estrangeiras em detrimento de vestimentas tipicamente brasileiras, como as bombachas, que muitas vezes são vistas como antiquadas ou fora de moda. A tentativa de monopolização cultural brasileira, é um grande problema para a identidade social e cultural do país. Esta adversidade vem acontecendo desde o descobrimento do Brasil, onde portugueses forçavam a população indígena a abandonar suas religiões e rituais. Analisando fotos e postagens de adolescentes em redes sociais e programas de televisão do país, é quase impossível diferenciar suas reais nacionalidades. Todos estes consomem toda indústria cultural dos Estados Unidos e parecem ter sido produzidos em massa por uma linha de produção norte-americana. Em suma, o desmerecimento da cultura popular é uma grande problema a ser vencido. É indispensável, portanto, uma parceria público-privado, onde a Receita Federal invista maior parcela do imposto de renda em ONGs e programas de valorização da cultura brasileira. Além disso, como nos disse o filósofo Immanuel Kant, o ser humano é aquilo que a educação faz dele. Assim sendo, o Ministério da Educação em parceria com o Ministério da Cultura deviam instituir nas escolas panfletos educativos e palestras, ministradas por professores, que discutam sobre toda a cultura brasileira com o fito de aumentar o orgulho e a noção de pertencimento para com as suas raízes.