Enviada em: 19/04/2017

Devido à miscigenação entre índios, europeus e africanos durante o período colonial, hoje, o Brasil é um país com grande diversidade cultural. No entanto, nota-se a desvalorização e um certo preconceito com a cultura africana na construção da história brasileira, sendo necessárias medidas para mudar essa realidade, uma vez que ela é tão relevante quanto todas as outras. É preciso considerar, antes de tudo, a forma errônea como a história do país é retratada. Nas escolas, por exemplo, aborda-se o tema da colonização brasileira com uma visão eurocêntrica, em que os europeus trouxeram a civilidade para os índios e que os africanos, trazidos nos navios negreiros, deveriam servir aos brancos colonizadores, já que os nativos não o fizeram. Essa abordagem equivocada começou a ser combatida com a criação de uma lei que implica às escolas o estudo da história e cultura afro-brasileira, com o intuito de ensinar a real colaboração da cultura africana na formação do país, porque ela não é reconhecida tanto como a cultura indígena e a europeia. Todavia, apenas a criação dessa lei não é suficiente para a formação de futuros cidadãos conscientes. Em virtude dessa errônea abordagem e do preconceito enraizado na sociedade, os indivíduos do tempo presente desvalorizam a cultura afro-brasileira. Essa realidade ficou evidente frente a um acontecimento no Rio de Janeiro: uma menina, após sair de um terreiro de Candomblé, foi apedrejada por um grupo que, obviamente, não soube respeitar sua cultura. Além desse, a mídia já mostrou outros atos de indivíduos que não reconhecem a importância da cultura popular  na construção e na valorização da história brasileira. Por isso, torna-se necessário o reconhecimento da cultura afro-brasileira nas diversas áreas, como o samba na música, a feijoada na culinária e a capoeira no esporte, que é considerada Patrimônio Cultural Brasileiro desde 2004.  Dessa forma, portanto, são necessárias algumas ações para evidenciar a importância dessa cultura popular na construção da história brasileira. Primeiramente, o Ministério da Educação deve fiscalizar, nas escolas, duas vezes no ano, a lei implantada para que, ao longo do tempo, a abordagem de conteúdos históricos sirva de aprendizado para a vida dos alunos. Além disso, a mídia, como grande formadora de opinião, pode, por meio de ficções, abordar a importância da cultura africana no passado e no presente do país para a conscientização da sociedade. Assim, caminha-se para o Mundo das Ideias de Platão,  que, nesse caso, significa um mundo onde há respeito a diversidade cultural.