Enviada em: 23/04/2017

Os índios que entraram em contato com os portugueses pela primeira vez, os africanos trazidos para o Brasil ao serem escravizados, depois os italianos, os alemães, os chineses, japoneses etc, compuseram e compõe o nosso país. Construíram a economia, as cidades e capitais, e deixaram seus costumes como identidade nacional. Dentre esses, os menos lembrados ou mais rejeitados são aqueles que mais sofreram no passado e hoje são tratados como minoria: os indígenas e os afro-brasileiros. Esses são condenados até os dias atuais desse século XXI por suas crenças, músicas, vestimentas ou praticas religiosas. A cultura advinda da Europa somada com a globalização, continua a se impor diante de outras praticas culturais. O modo como aprendemos nas escolas e nossos livros possuem origem e visão europeia, a religião cristã praticada pela maioria também, fazendo com que as outras expressões étnicas pareçam algo inadequado, conceito esse completamente preconceituoso que também nos foi deixado pelos nossos ancestrais provenientes do Velho Mundo. Esse preconceito fez com que uma importante lei sancionada em 2008, que obriga instituições de ensino abordarem temas sobre a cultura afro-brasileira e valorizando a figura de pessoas negras importantes na busca de identidade nacional cultural, não saísse do papel. Dessa forma, a sociedade continua a negar esse caldeamento de povos que nos deu origem. É evidente, portanto, que a cultura indígena e afro-brasileira sofrem tamanha discriminação. Desse modo, é necessário que a mídia traga, por exemplo, mais personagens da cultura indígena e afro-brasileira em novelas ou séries com papéis principais e enfatizando suas raízes, assim trazendo maior representatividade desses povos. E que o Estado, através de órgãos públicos competentes, invista em atividades socioculturais junto de escolas e ONGs que demostram a miscigenação como a cor do Brasil.