Enviada em: 04/09/2017

O papel da cultura no conhecimento da historicidade brasileira está associado à importância das variedades étnicas do país. A partir do conhecimento dos costumes e dos valores das diferentes identidades nacionais, a diversidade é agregada à tolerância e à valorização dos povos. No entanto, os veículos de informação juntamente com as escolas tem negligenciado a questão da heterogeneidade cultural. Logo, o tema deve ser abordado proporcionalmente à sua importância na construção e na valorização da história brasileira.            Decorrente do processo colonizador do território nacional, a sociedade brasileira é tão miscigenada quanto os costumes que a complementam. Dessa forma, a diversidade cultural do país é inerente à herança étnica desse contexto. Por isso, a existência de várias gentes demanda que as diferenças e as particularidades entre elas sejam discutidas e valorizadas. De outro modo, não seria possível tolerar a disseminação de hábitos nem de características distintas dentro de um espaço social comum.       Para além disso, o conhecimento da cultura é intrínseco à compreensão do próprio país. Contudo, posto que a globalização implica uma série de transformações no espaço sociocultural, as peculiaridades nativas têm sido subalternas às culturas imperantes. Consequentemente, observa-se que a dinâmica mundial influencia na manutenção das identidades nacionais. À vista desse fenômeno, não é apenas a economia ou a política que mudam a pátria , mas "a cultura muda sim o país", como afirma Betinho.     Portanto, com o intuito de valorizar o papel da cultura na construção social do Brasil, é preciso que o Estado, a mídia e as escolas atuem simultaneamente. Para isso, o Estado deve vincular campanhas publicitárias acerca da diversidade étnica e das implicações decorrentes dela. Ademais, o Ministério da Educação tem a função de exigir que as escolas públicas e privadas adicionem o ensino cultural como conteúdo obrigatório, capaz de promover a tolerância e o conhecimento entre os povos.