É incontestável que a cultura popular brasileira calcou-se nas mais diversas influências culturais. Já desde meados do século XIX, aqui aportaram imigrantes italianos, japoneses e até suíços com a finalidade de trabalhar nas lavouras de café. Dessa forma, há uma necessidade em prezar essa herança cultural, bem como preservar esse passado histórico de formação da nação para que não seja comprometido. Em primeiro lugar, antes de tudo, é necessário entender a gênese da construção do povo canarinho. Segundo o antropólogo brasileiro Darcy Ribeiro, foram três matrizes étnicas formadoras da identidade brasileira - o branco colonizador, o índio e o negro. Sendo assim, os sucessivos processos de miscigenação fizeram com que costumes e práticas fossem incorporados às primeiras comunidades. Logo, esse pluralismo cultural que prolongou durantes anos, evidencia uma singular identidade nacional do indivíduo que norteia-o perante a história. Além disso, proteger esse passado garante a solidificação da memória e das raízes do povo em relação à terra. Porém, hodiernamente, esse processo pode ser ameaçado. Utilizando o conceito de aldeia global de Marshall McLuhan, o avanço tecnológico encurtou as distâncias drasticamente, fazendo com que a propagação de uma cultura específica fosse facilitada ao globo todo. Exemplo claro dessa situação é a americanização. As marcas, como Coca-Cola e McDonald's e o estilo de vida dos EUA, influenciam nosso cotidiano e americanizam as culturas locais. Assim, lendas, histórias e festas do folclore, são esquecidas graças a essa perversa lógica. Mediante os fatos supracitados, fica claro, portanto que é de vital importância valorizar a cultura brasileira. Por isso, é indispensável que o Ministério da Cultura promova e apoie festividades culturais locais, bem como defenda os patrimônios material e imaterial a fim de preservar esse legado para futuras gerações. Já a escola em parceria com ONGS pró cultura, devem trabalhar em suas pautas diferentes matrizes culturais e também realizar eventos que permitam trocas de valores a fim de contribuir para a construção da identidade individual e coletiva dos pequenos. E por fim, a mídia deve através de propagandas e ficções engajadas exaltar a cultura popular nacional para incentivar a valorização da mesma pelos cidadãos. Só assim, consoantes tais medidas, a cultura e história do povo brasileiro será eternizada e contemplada.