Enviada em: 18/04/2018

No limiar da colonização brasileira era a Companhia de Jesus a instituição responsável pela instrução na colônia, privilégio apenas das famílias ricas do período. Posteriormente, já na República, com o intuito de desenvolver a indústria, o ensino tornou-se gratuito. Contudo, nos períodos citados e ainda hoje, a educação presencial esbarra na falta de integração no território nacional. Por isso, cabe analisar a relevância que a educação à distância tem sobre o desenvolvimento educacional, no sentido de democratizar o ensino e, também, de torna-lo mais flexível e didático.        A princípio, é necessário entender que o Brasil é o 5° país em maior extensão territorial, o que dificulta o processo de integração pedagógica. Isso se dá da quantidade ínfima de profissionais da educação existentes que ao considerar os baixos salários de pequenos centros urbanos e, também, as condições precárias, optam por trabalhar em cidades maiores, com mais oportunidades. O que acaba provocando uma marginalização da educação em algumas áreas do território. Assim, a proposta de um ensino à distância abre espaço para a existência de um maior número de brasileiros com diplomas de nível técnico e superior. O que por consequência, promove uma maior qualificação da população e uma melhoria de vida, causada pelo aumento salarial.          Ademais, por contar com carga horária flexível e com a possibilidade de rever as aulas, a educação à distância dá aqueles que não trabalham com horários fixos a oportunidade de cursar o ensino superior, o que era dificultado em um ensino presencial. Além disso, essa modalidade pedagógica oferece aos professores maior disponibilidade de tempo destinado a pesquisa e qualificação, uma vez que, no presencial essa chance é dificultada pela carga horária desgastante. Em decorrência dessa disponibilidade, a didática e a interlocução entre professor e aluno acaba sendo aperfeiçoada, o que pode auxiliar na melhoria da educação do país.     Torna-se evidente, portanto, que a educação à distância tem muito a acrescentar para o desenvolvimento educacional brasileiro. Por isso, cabe ao Poder Legislativo regulamentar essa modalidade, promovendo regras para que as instituições responsáveis não firam as garantias dos alunos. Cabe, também, ao Ministério da Educação realizar avaliações da qualidade de ensino e estipular uma base curricular comum para determinados cursos, para que os indivíduos que optam por cursos à distância nada percam em relação aos cursos presenciais.