Enviada em: 19/04/2018

Com o desenvolvimento dos tempos toyotistas, o mundo, no século XXI, passou a ser totalmente interligado e dependentente dos diversos usos que as tecnologias podem nos oferecer. Nesse sentido, as pessoas, emergidas num oceano de possibilidades, foram coagidas e tiveram, doravante, que se ajustarem aos novos padrões de vida da contemporaneidade. Nesse cenário, as tecnologias contribuíram, ainda, para muitas conquistas, como a universalização do acesso aos estudos, fato que proporcionou o maior engajamento dos mais variados setores sociais nas universidades brasileiras. Contudo, tais conquistas e mudanças carregam consigo algumas desvantagem, como, por exemplo, a víciosa e integral dependência dos meios virtuais para a interação socioeducativa.   Nesses termos, é perceptível que a democratização do conhecimento pelas vias tecnológicas é algo benéfico, no entanto, também é de se observar que junto a esse desenvolvimento surgiram novos problemas, como a crescente antissociabilidade que as novas tecnologias tem causado hodiernamente. Na sociedade atual, as pessoas tendem, pelo uso demasiado dos recursos tecnógicos, a se tornarem individualizados em excesso e, por conseguinte, a se desvencilharem das possibilidades materiais de relações pessoais, fato que confere a característica mais inerente do mundo pós-moderno, que é a liquidez das relações pessoais, parafrasendo Zygmunt Bauman.  Supracitado alguns dos elementos que compõem a questão da educação no Brasil, vale ainda mencionar o crônico problema brasileiro que a educação à distância encoberta, que é a baixa qualidade do ensino nas instituições públicas no país. O Brasil, a exemplo de nações como Serra Leoa e Zâmbia, sempre figurou entre os piores colocados nos índices de pesquisas de organismos internacionais de avaliações estudantis, como o PISA. Tal conjuntura, aliada às possibilidades de horários mais flexíveis proporcionado pelos estudos virtuais, fazem com que uma grande parcela da população brasileira prefira aderir à erudição pelos modos de ensino à distância.   Dessa forma, é inquestionável a necessidade da ampliação das discussões sobre a educação no Brasil, assim, torna-se preciso a mobilização da população juntamente com os governantes para a elucidação desse tema. Portanto, em primeiro lugar, deveriam ser promovidas em canais de televisão aberta propagandas governamentais que instruam aos pais de estudantes virtuais a admoestarem seus filhos sobre os efeitos que o excessivo uso da internet pode causar, pois com isso os estudantes passariam a refletir mais sobre o estado de individualização social que eles se submetem. Ademais, o governo federal deveria implantar no calendário escolar público um modo de ensino mais moderno, prático e otimizado, com o intuito de anular as deficiências históricas do sistema educativo nacional.