O educador e filósofo brasileiro Paulo Freire foi um dos principais defensores de uma educação emancipatória e com impacto social. Para ele, o aluno deve ter autonomia em sua aprendizagem e desenvolver o pensamento crítico. Hoje, a educação à distância se mostra como uma ferramenta de grande potencial na implementação desses valores, bem como no sentido de promover uma melhoria ampla na educação brasileira. Um dos aspectos positivos da Educação à Distância (EAD) é a sua capacidade de desenvolver a autonomia do estudante, habilidade fundamental para a aprendizagem, como defende o teórico suíço Jean Piaget. A possibilidade de adaptar o ritmo dos estudos e a forma de aprender às necessidades individuais também são fundamentais para que o aluno se sinta engajado e possa ver sentido naquilo que está estudando. Dessa forma, a EAD promove uma educação mais participativa e consciente para o estudante. Outro aspecto da EAD favorável à sua implementação em nível nacional são os custos reduzidos e a capacidade de se adaptar a diferentes contextos geográficos e socioeconômicos. De acordo com a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico, o Brasil é um dos países que menos investe em educação básica no mundo. Uma forma de mudar isso é pelo trabalho de ONGs como a Khan Academy, que oferece plataformas completas de aprendizado na internet de forma gratuita. A eficiência econômica da EAD também se mostra na ampliação do acesso de pessoas mais pobres ao ensino superior, uma vez que as faculdades privadas são procuradas principalmente pela população de baixa renda. Por esses motivos é tão importante que a educação seja priorizada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) em sua política de conectividade. Além disso, é fundamental o trabalho de ONGs como a fundação Lemann na promoção do acesso à educação de qualidade no Brasil por meio da tecnologia.