Enviada em: 27/05/2018

A modalidade de ensino, EaD, por meio de aulas e materiais disponibilizados via internet, tem destituído alguns empecilhos que obstam o acesso à educação de milhares de cidadãos. Questões de locomoção e de flexibilidade do tempo estão entre os porquês da adesão vertiginosa à educação a distância.            Nos pequenos municípios do interior adjacentes aos grandes centros urbanos, bem como nas regiões mais longínquas do Brasil, o acesso à educação técnica e superior é difícil deveras. Em estados com ampla extensão territorial e baixa densidade populacional como o Amazonas, o Pará e o Mato Grosso, a distância entre as instituições de ensino - que estão localizadas precipuamente nas capitais - e as cidades mais isoladas, a carência de meios de transporte e a condição precária das estradas são obstáculos que dificultam os planos de quem intenta estudar em um curso presencial. Desse modo, pressupondo a formação acadêmica como meio de ascensão social, a educação a distância é vital, porquanto, segundo dados do IBGE, a renda mensal por indivíduo nessas regiões é de R$ 792,00.     Nas maiores metrópoles brasileiras e em cidades com crescimento expressivo, é custoso adequar, concomitantemente, a rotina de estudos com a efervescência do cotidiano. Os aborrecimentos inerentes ao trabalho no tempo em que produtividade e celeridade são preponderantes, os cuidados com o lar e a família, os engarrafamentos, as deficiências do transporte público e a inexorabilidade dos horários dos cursos presenciais ilustram as contrariedades de quem almeja um diploma e explicam os dados da ABED os quais apontam que 29% dos adeptos do ensino a distância tem de 30 a 35 anos. Nesse sentido, em virtude da flexibilidade dos horários de aulas e provas, a possibilidade de aprimoramento pessoal e profissional torna-se mais acessível a indivíduos dessa faixa etária que optam pela referida modalidade de ensino.     Portanto, a educação a distância é um digníssimo meio de qualificação pessoal e profissional e deve ser perpetuada. Para tal o Ministério da Educação deve destinar recursos para as universidades federais e estaduais, bem como para as escolas técnicas, a fim de que mais cursos dessa estirpe sejam ofertados por estas. Do mesmo modo que o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações ofereça feiras de exposições e subsídios a quem desenvolva métodos e programas que acrescentem à EaD maior dinamismo e interação entre professores e alunos .