Enviada em: 26/05/2018

No Brasil, a educação à distância tem ganhado destaque na vida de muitos cidadãos. Desde a criação do emblemático Telecurso 2000, promovendo revolução e acessibilidade, o novo modelo tem se reinventado acompanhado as bem-vindas novidades tecnológicas e valoriza, sobretudo, a responsabilidade e independência do aluno. Esse valor é premissa da teoria de educação autônoma defendida por Maria Montessori. Assim, é evidente a importância do ensino à distância, seja pela variedade de cursos, seja pelo caráter revolucionário que agrega ao processo de ensinoaprendizagem.       Os números que ilustram a grande e crescente parcela de alunos de graduação não presencial - quase quatro milhões - apesar de animadores, escondem a pluralidade do modelo. Isto é, engana-se quem pensa que a educação à distância reserva-se ao ensino superior. Existem os reforços escolares online, os cursos pré-vestibulares. Existe curso preparatório para concursos, para exames da ordem e.g. Ordem dos Advogados do Brasil e a lista segue... e atinge toda a sorte de gente, de toda idade, com diferentes objetivos, através de plataformas pagas ou gratuitas, como o YouTube. Dessa forma, configura um setor crescente da educação que carece de investimento, fato esse observado pelas instituições de ensino privado, mas que permanece negligenciado pelos órgãos públicos.        Muito apegado ao tradicionalismo, o ensino público não se atualiza ou incorpora os novos e interessantes modelos de ensino. Não, o que interessa é a manutenção de métodos tão antigos quanto o descobrimento do Brasil, haja visto que o modelo vigente de aulas expositivas data das escolas jesuítas. A revolução que a educação à distância representa vai além do que se pode ver em números ou estatísticas, vai além da tão falada democratização do ensino, pois possibilita o uso de outras metodologias de ensino pelo acesso a diferentes ferramentas. Ademais, renova o interesse do aluno por valorizar o seu tempo e, principalmente, o ritmo de cada um.       Frente às qualidades do ensino à distância e à necessidade de renovação do processo de ensinoaprendizagem, se faz interessante o incentivo de sua promoção no Brasil, em cursos completamente a distância ou ainda em cursos mistos (presencial e a distância). Para isso é necessário que o Ministério da Educação, em seu âmbito nacional, e os governos estaduais e municipais reconheçam seu valor através de investimento na criação de novos cursos e novas plataformas, ou uso intensivo de outras, como o mencionado YouTube, especialmente em escolas públicas superiores. Não tão somente, a implementação do ensino a distância pode ser uma ferramenta de escolas de nível básico, de forma auxiliar ao ensino, que pode atingir o aluno do século XXI, onde se sente mais confortável: no computador.