O ensino à distância revolucionou a relação entre estudantes e instituições de ensino, uma vez que flexibilizou o horário de estudo e quebrou barreiras de espaço. São perceptíveis ,contudo, no contexto nacional ,os desafios para o pleno desenvolvimento dessa modalidade de ensino ,dado que essa ainda é vista ,muitas vezes ,como inferior ao ensino tradicional, sendo menosprezada ,desse modo, a sua importância na conjuntura educacional do Brasil . Em um primeiro plano ,é importante ressaltar o caráter flexível do ensino a distância ,o qual se adequa ao cotidiano de muitos estudantes brasileiros. Diante disso, ao se observar uma pesquisa de 2016 do INEP ,a qual mostra que aproximadamente 40% dos jovens brasileiros não ingressam no ensino superior por trabalharem ou por morarem distantes de instituições de ensino ,é perceptível a grande perca acadêmica de habilidades ,em função de tais percalços espaciais e temporais .À vista dis- so ,fica claro que o ensino à distância tornou -se um impulsionador educacional ,uma vez que integra estudantes que normalmente não teriam a possibilidade de realizar cursos presenciais ,deixando-os desenvolver os horários de aula que são mais compatíveis à sua rotina .Dessa forma ,tais estudantes terão a possibilidade de ter um diploma ,autenticado pelo MEC, de mesmo valor de um recebido em um ensino tradicional, sendo assim aproveitado seus potenciais acadêmicos . Em um segundo plano ,é notório ,inúmeras vezes ,certo estigma em relação aos cursos à distância . Segundo o filósofo e pesquisador francês Pierre Levy, um dos maiores defensores da educação à distância, em seu livro "Cibercultura ",aborda sobre o potencial da internet em ampliar e em democrati- zar a educação ,visto que nela são desenvolvidas ferramentas que mudam as relações educacionais , dado que o professor passa ser um mediador do conhecimento e o aluno a figura central .Dessa forma, , os estudantes se transformam em agentes ativos de sua aprendizagem ,dado que são eles que têm o controle sobre os seus estudos ,sendo os maiores responsáveis pelo seu crescimento estudantil .Desse modo ,são compreensíveis os dados disponibilizados pelo MEC, no ano passado, os quais demonstravam que os alunos do EAD ,superam em 9 de 13 áreas os alunos do curso presencial no Enade ,quebrando com o estereótipo de que tal modalidade de ensino não apresenta boa qualidade . Logo ,o Governo deverá buscar promover palestras sobre os impactos positivos do EAD,as quais serão realizadas por profissionais da área e por ex-alunos ,em empresas ,para estimular adesão de trabalhadores, e em pequenas cidades sem centro universitário , sendo abordados os benefícios dessa modalidade de ensino ,sobretudo a sua flexibilidade ,além de descontruir mitos ,como a não validade do diploma ,a fim de possibilitar um maior conhecimento dessa inovação educacional ,evitando estigmas .