Enviada em: 26/09/2018

Na mitologia grega, Sísifo foi condenado por Zeus a rolar uma enorme pedra morro acima eternamente. Todos os dias, Sísifo atingia o topo do rochedo, contudo era vencido pela exaustão, assim a pedra retornava à base. Hodiernamente, esse mito assemelha-se à luta cotidiana dos cidadãos brasileiros, que buscam ultrapassar as barreiras as quais os separam do direito à educação. Nesse contexto, não há dúvidas de que promover o acesso igualitário aos sistemas educacionais é um desafio no Brasil o qual ocorre, infelizmente, devido não só à negligência governamental, mas também à postura indolente da sociedade.    A Constituição Cidadã de 1988 garante educação de qualidade como direito de todos e dever do Estado, sendo o papel deste prover o acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua formação e proteção, todavia, o Poder Executivo não efetiva esse direito. Consoante Aristóteles no livro "Ética a Nicômaco", a política serve para garantir a felicidade dos cidadãos, logo verifica-se que esse conceito encontra-se deturpado no Brasil à medida que a oferta não apenas da educação inclusiva, como também da preparação do número suficiente de professores especializados no cuidado com surdos não está presente em todo o território nacional, fazendo os direitos permanecerem no papel.